[1]Conscientizar de forma lúdica e informativa sobre os ciclos de violência contra a mulher e os serviços que a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) disponibiliza àquelas que buscam ajuda foi o objetivo do ciclo de palestras realizadas nos Centros de Referência da Cidadania (CRC). A ação foi uma parceria da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) com a Guarda Civil Municipal (GCM) e Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPPM). A última palestra do ciclo aconteceu na tarde desta sexta-feira (5) no CRC do bairro do Cristo, em João Pessoa.
O Grupo Ronda Escolar ligado à GMC apresentou à platéia uma peça de teatro com fantoches para demonstrar os ciclos e tipos de violência contra a mulher através da relação entre o casal de bonecos. Logo depois, houve palestra conduzida por Lindinalva Pereira, sub inspetora e coordenadora operacional da Ronda Maria da Penha que destacou a participação do público nas palestras realizadas. “Foi um
[2]ciclo interessante e trazer a peça para os CRCs deu a oportunidade para as pessoas conversarem sobre um tema complicado e aqui todos podem participar, contarem histórias e tirarem dúvidas sobre o assunto, além de falar sobre o trabalho da Ronda Maria da Penha, que ajuda no cumprimento das medidas protetivas”, completou.
A coordenadora dos CRCs, Marília França, explicou que os ciclos de palestra já trouxeram resultados práticos na prevenção e detecção de mulheres em situação de violência. “Com o ciclo de palestras foi possível identificar pessoas que estavam passando pela violência doméstica, além de ser uma ferramenta de treinamento para os funcionários dos CRCs que a partir de agora saberão quem e como acionar caso tenham conhecimento de casos do tipo”, finalizou.
Themis Gondim, coordenadora do Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra, reforçou o papel do trabalho em rede e parceria entre os órgãos públicos visando proteger e apoiar a mulher que se encontra em um momento crítico de sua vida. “É
[3]uma oportunidade de expormos o que temos de serviços e ajudar as pessoas a identificar o que é violência doméstica. Sabemos que o número de mulheres que sofrem violência é alto e os marcadores geralmente aparecem cedo, é importante saber identificar”, disse.
Para Lindinalva Sousa, usuária do CRC, a palestra traz um aspecto educativo muito importante. “Gostei muito da peça e da palestra porque ajuda a gente a perceber melhor as coisas. Infelizmente é uma realidade do dia-a-dia, mas que dá pra gente mudar se perceber antes”, falou.
A PMJP tem diversos equipamentos e ações que ajudam na prevenção, acolhimento e proteção da mulher que esteja em situação de violência. Desde o Centro de Referência da Mulher, serviço que
[4]atende mulheres, passando pela Ronda Maria da Penha, que ajuda na fiscalização do cumprimento das medidas protetivas de urgência das mulheres cadastradas no serviço. O Instituto Cândida Vargas (ICV) disponibiliza serviço de apoio às mulheres e adolescentes, a partir dos 12 anos de idade, que são vítimas de violência sexual com atendimento sendo realizado por equipe multidisciplinar que inclui médico, enfermeiro, assistente social e psicólogo.
A Sedes também disponibiliza à população o Disque 156, ferramenta para denunciar violações de direitos contra crianças, adolescentes, idosos, mulheres e população LGBTQI+. O serviço recebe denúncias das vítimas ou de quem presencia qualquer violação de direito destes grupos, que podem ser feitas de forma anônima.