[1]Onze serpentes da espécie Corn snake, conhecida também como serpente de milho nasceram no Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica), vinculado à Secretaria de Meio Ambiente (Semam). A Corn snake é um animal exótico, originário dos Estados Unidos, portanto não pode ser introduzida em matas brasileiras. O nascimento aconteceu no inicio do mês.
Para o nascimento dos animais, os técnicos utilizaram uma incubadora e ajudaram na eclosão dos ovos, o que é um procedimento comum, inclusive abrindo a casca dos ovos, que, devido à baixa umidade e alguns problemas climáticos, acabaram adquirindo uma resistência muito maior do que normalmente ocorre na natureza.
Dos 11 animais, cinco são da cor rosa e seis de cor preta. O nascimento de filhotes numa mesma ninhada com várias cores diferentes é uma característica da espécie. Os animais que se reproduziram na Bica são provenientes de doação de um criadouro de Pernambuco e é a segunda postura deles.
[2]Segundo Thiago Nery, veterinário do Parque, apesar da reprodução de Corn snake não ter importância ambiental no Brasil, por ser um animal exótico, ela tem cunho cientifico, já que a experiência servirá de parâmetro para ser utilizada com serpentes nativas. “O nascimento em cativeiro dá uma garantia de que o trabalho no zoológico está sendo bem feito, que o ambiente está adequado para o animal, dando a ele um bem estar a ponto de reproduzir.” afirmou.
Educação ambiental- A educadora ambiental, Mirtes Lima, explicou que na Bica as Corn snake são utilizadas para realizar o trabalho educativo sobre a função de cada espécie e a importância delas. “Geralmente quando perguntamos aos visitantes o que fazem quando estão diante de uma serpente eles respondem: ‘eu mato’, então trabalhamos muito a desmistificação com relação às serpentes. Trabalhamos o medo que as pessoas têm, sensibilizando o público para proteger os animais, a conviver bem com eles, mesmo aqueles que não são bonitos, ou que transmitem medo. Explicamos também o porquê que alguns animais surgem nas casas e a importância de respeitar o habitat deles”, comentou a educadora ambiental.
Mirtes Lima ressaltou que o trabalho educativo é realizado apenas com as serpentes não venenosas, para evitar acidentes, e com animais habilitados para o contato humano.