Lílian Pedreira e Arthur Araújo
[1]Cerca de 90 mil atendimentos a pacientes de 94 municípios paraibanos. Esse é o balanço de trabalho da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Célio Pires de Sá, no bairro Valentina Figueiredo, que completou um ano de funcionamento nesta sexta-feira (21). A data foi marcada pela visita do prefeito Luciano Cartaxo, que participou de um café da manhã comemorativo com os profissionais e usuários do complexo.
“Quero parabenizar toda a equipe, que durante este primeiro ano demonstrou muito compromisso e aceitou o desafio de transformar a UPA do Valentina em uma referência para toda a cidade”, destacou o prefeito. “É muito bom ver que um ano passou, que mais de 90 mil pessoas foram atendidas, e que o espaço continua organizado e com um ritmo forte de trabalho. Nosso compromisso é manter esse padrão de qualidade e garantir um atendimento digno para toda a população”, afirmou.
A UPA do Valentina Figueiredo funciona 24 horas por dia. Ao todo, 300 funcionários trabalham ininterruptamente para a prestação de serviços voltado ao tratamento do processo saúde-doença de urgência e emergência de forma humanizada. São médicos (clínicos gerais e pediatras), enfermeiros, assistentes sociais, farmacêuticos, bioquímicos e técnicos de diversas especialidades.
[2]Uma dessas profissionais é a assistente social Eliene Cristina, que integra o quadro de profissionais desde a inauguração. “É muito bom fazer parte dessa equipe porque a gente sente diariamente o envolvimento e a dedicação para ofertar o melhor serviço possível. Ficamos orgulhosos em ver que a UPA chegou a seu primeiro ano sendo bem avaliada pela população e que nós fizemos parte disso”, afirmou.
A aposentada Francisca de Sousa, de 68 anos, comprovou isso. Moradora do Valentina, ela afirmou que a UPA facilitou a vida de quem precisava de atendimento de saúde na região. “A gente tinha que ir para longe e o transporte era difícil. Agora fica perto de casa e o atendimento é muito bom. Sempre sou bem recebida pelo pessoal”, revelou.
De acordo com a secretária municipal da Saúde, Mônica Rocha, o número alto de atendimentos na unidade é resultado da oferta de serviço. “Nós procuramos oferecer sempre um atendimento de qualidade e muito humanizado, que tenha o objetivo de cuidar de fato do paciente. Além disso, temos portas abertas para qualquer usuário, tanto que chegamos a atender pacientes de outros estados, como Pernambuco e Rio Grande do Norte”, disse.
Estrutura – A UPA Célio Pires de Sá possui 2,2 mil metros quadrados de área e conta com seis consultórios, área vermelha, área amarela, área verde e área pediátrica. A unidade conta ainda com sala de medicação, serviço de raios-X, laboratório de coletas, farmácia e uma base descentralizada do Serviço de Pronto Atendimento (Samu). “Estamos equipados também com uma ambulância de suporte avançado que realiza as transferências dos pacientes inter-hospilar”, afirmou a diretora geral da UPA Célio Pires de Sá, Najara Rodrigues.
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Classificação de risco – Os equipamentos trabalham com atendimentos realizados por meio de protocolo de classificação de risco. O acolhimento dos pacientes é dividido em quatro cores que identificam o tipo de atendimento. A área vermelha corresponde aos atendimentos de emergência, a exemplo de pacientes com parada cardiorrespiratória, infarto agudo do miocárdio ou convulsões.
Já na área amarela ficam os pacientes que estão em observação e investigação do quadro clínico, enquanto para na verde são encaminhados casos de urgência. Os usuários classificados como azul, por não se tratar de urgência e emergência, são encaminhados para as unidades de saúde da família (USF).
“O protocolo de classificação de risco é preconizado pelo Ministério da Saúde. Com ele, classificamos os pacientes que chegam aos serviços de urgência e emergência, seja na rede hospitalar ou pré-hospitlar, fazendo uma avaliação completa no usuário. Dessa forma, identificamos os pacientes com maior risco de morte ou de evolução para sérias complicações, que não podem esperar atendimento”, explicou Najara Rodrigues.
[4]Casos atendidos nas UPAs – Febre (maior que 37,5°); constipação (≥05 dias); agressões sexuais; hipotermias; pico hipertenso; hipotensão; dores de cabeça; dores abdominais; dor testicular; desconforto respiratório; dor lombar; sangramentos de qualquer natureza e disúria (dificuldade ou desconforto ao urinar).
Também são atendidos casos de confusão mental; acidentes causados por animais; desidratações; intoxicações de qualquer natureza; desmaios; vômitos; diarreia; cianoses; resfriado (a partir de três dias); agressões sexuais; palpitações cardíacas; taquicardias; bradicardias; alergias cutâneas disseminadas agudas; convulsões recentes; precordialgia (dor no coração); dor torácica; alteração na fala; diabetes (hipoglicemia e hiperglicemia) e afogamentos.