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Procon-JP orienta o consumidor sobre juros do cartão de crédito

procon_foto_manoelmartiliano (9)A política de juros dos cartões de crédito no País está levando as famílias ao endividamento. A taxa de juros subiu de 12,02% ao mês ou 290,43% ao ano em março para 12,14% ao mês ou 295,48% ao ano em abril, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Essa taxa é a maior desde março de 1999, quando chegou a 13,45% ao mês ou 354,63% ao ano.

No caso dos juros do comércio, também houve alta, passando de 5,14% ao mês (82,48% ao ano) em março para 5,16% ao mês (82,90% ao ano) em abril. A taxa é a maior desde dezembro de 2011 (5,36% ao mês ou 87,12% ao ano).

Os juros do cheque especial subiram ainda mais, passando de 9,64% ao mês (201,74% ao ano) em março para 9,74% ao mês (205,06% ao ano) no mês seguinte e atingindo a maior desde junho de 2003 (9,79% ao mês ou 206,73% ao ano).

Para o secretário de Defesa do Consumidor (Procon-JP), Helton Renê os juros podem aumentar ainda mais. “Podemos atribuir essa elevação a fatores como a crise no cenário econômico, no entanto, temos que entender que esse é um problema globalizado. Além disso, houve um crescimento nos índices de inadimplência. É preciso entender que o mercado brasileiro sempre teve umas das maiores taxas de juros para o cartão de crédito”, explicou.

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostram que, em abril, o percentual de famílias endividadas alcançou 61,6%, o que representa uma alta em relação aos 59,6% observados em março. Além disso, esse crescimento representa a terceira alta mensal consecutiva apenas este ano.

O cartão de crédito foi apontado como um dos principais tipos de dívida por 75,0% das famílias endividadas, seguido por carnês, para 16,9%, e, em terceiro, por financiamento [1] de carro, para 14,0%.

SPC – Em João Pessoa, no mês de abril, 10.385 pessoas foram incluídas no SPC, enquanto que no mesmo período do ano passado havia sido 1.919, ou seja, houve um crescimento de 441,16% no número de paraibanos devedores. No entanto, no mesmo mês, 5.984 paraibanos deixaram de dever, enquanto que em 2014, havia sido 1.293 consumidores. Registrando um crescimento de 362,79 no quantitativo de não devedores.

Negociar a dívida é melhor opção – Caso o consumidor, já esteja endividado no cartão de crédito, com faturas atrasadas ou pagando somente o mínimo, é indicado que pare de utilizar o cartão de crédito imediatamente e dê preferência ao pagamento total da dívida, essas são as orientações de Helton René, do Procon-JP. “Negociar é a palavra de ordem. O consumidor deve entrar em contato com a operadora do cartão de crédito e tentar uma negociação para o pagamento do saldo devedor, ele pode conseguir uma diminuição dos juros ou até um parcelamento fixo que caiba dentro do orçamento mensal”, explicou.

Ele completou ressaltando que se o consumidor não conseguir uma negociação com a operadora do cartão de crédito, ele poderá tentar um acordo judicial. “É preciso entrar com um processo apresentando suas razões, questionando os juros cobrados e demonstrando sua atual situação financeira”, disse.

Helton René ressaltou ainda que “o limite do cartão não é o segundo salário como muitos consumidores pensam. O fiado pode sair caro se não tiver o controle. O pagamento mínimo deve ocorrer apenas em uma urgência, se não o consumidor entra em um ciclo vicioso, onde é gerado juros sobre juros, conhecido como crédito rotativo. A inadimplência não é ruim apenas para os consumidores, mas também para economia”, completou. O Procon, em parceira com a Câmara dos Dirigentes Lojistas de João Pessoa (CDL-JP) e a Fecomércio-PB está organizando o Feirão Nome Limpo. O evento deverá ocorrer no final de junho.

Dicas para evitar o endividamento:

Fonte: Procon-JP

 

 

 

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