O projeto de construção do Parque Linear Urbano Parahyba, que ocupará uma área de 73 hectares, vai modificar a paisagem urbana do Bessa e contribuir diretamente para a melhoria da qualidade de vida do pessoense. Somente em equipamentos públicos, o bairro vai ganhar quadras de esporte, pista de cooper, ciclovias, área de convívio e área para eventos. Além disso, será instalado no próprio parque o Teatro Municipal, com capacidade para 2.500 lugares.
Segundo a Secretaria de Planejamento, o parque deve ficar pronto em um ano, após o início das obras. A criação do Parque Parahyba faz parte de uma estratégia que a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) está desenvolvendo para garantir a qualidade de vida urbana, preservando espaços verdes existentes na Capital. Desde 2008, equipes das secretarias de Planejamento (Seplan), Desenvolvimento Urbano (Sedurb) e Meio Ambiente (Semam) estão trabalhando na criação do projeto.
Além dos equipamentos públicos que estarão disponíveis para toda a população, o projeto do Parque vai trazer, principalmente, os benefícios ambientais. A vegetação será recuperada, haverá a diminuição das ilhas de calor dos bairros do Bessa, Jardim Oceania e Aeroclube e ainda será possível recuperar a Bacia do Jaguaribe.
A secretária adjunta de Planejamento, Amélia Panet, explicou que a face oeste do parque terá uma área mais densa de vegetação protegendo a bacia de drenagem e conferindo um maior conforto ambiental. O grande eixo simbólico do parque será representado por uma alameda de ipês amarelos, que surgirá na diagonal do parque, na área ocupada pelo Aeroclube, justifica.
Amélia lembra que a população terá mobilidade em todos os espaços do parque com segurança e conforto ambiental por causa do reflorestamento da área com as espécies típicas e a implantação das áreas de convívio e lazer. Esse parque incorpora o conceito da acolhida e de refúgio urbano tão necessário às capitais brasileiras. Além disso, procura desenvolver o aspecto da permeabilidade visual e da articulação com a via costeira, disse.
Para a secretária, cada vez mais as cidades são objetos de mudanças decorrentes do processo dinâmico de urbanização e crescimento. Esse processo de urbanização, representado por necessidades econômicas, demográficas e políticas, vem transformando os vazios urbanos em alvo de múltiplos interesses conflitantes, comprometendo a paisagem natural e o conforto climático dos grandes centros. Ao mesmo tempo, são esses vazios urbanos e arborizados que conferem qualidade, promovendo a saúde da população e o equilíbrio ambiental, explicou.