‘Baticumlata’ é uma das atrações de encontro regional de percussão

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O grupo de percussão da Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) – o ‘Baticumlata’- foi uma das atrações da quinta-feira (22) do IV Encontro Nordestino de Percussão. O evento, que teve início no último dia 20 e se estende até esta sexta-feira (23), está sendo realizado pelo Departamento de Música da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em parceria com as prefeituras dos municípios de João Pessoa (PMJP), do Conde e de Campina Grande, mais o governo estadual.

A apresentação do grupo de percussão foi realizada no Centro de Vivência da UFPB, em João Pessoa, e chamou a atenção dos alunos recém-chegados (feras) à Universidade. O estudante de Engenharia de Produção Mecânica, Kleber Lima César, revelou que achou o som do ‘Baticumlata’ muito interessante e que ficou surpreso com a apresentação.

O ‘Baticumlata’ animou os participantes do evento com uma fusão de ritmos e colocou o público para dançar ao som da ciranda e do maracatu. Na apresentação, o grupo usou materiais que as pessoas costumam jogar no lixo e instrumentos de trabalho para fazer música e despertar a consciência ambiental na sociedade.

A programação do encontro se destina a recitais, concertos, workshops e master class. Entre os percussionistas e grupos participantes estão Bill Molenhof, Chris Adams, Ganesh Kumar, Elizabeth del Grande, Ney Rosauro, Fawzi Berger, Mingo Araújo, Loop B, Grupo de Percussão do Nordeste e Pará, Antônio Barreto, Duo MG e Rio de Janeiro, Chiquinho Mino e Círculo de Tambores.

‘Batimculata’ – O grupo foi criado em 2005 e é formado por 16 servidores da Emlur, em sua maioria agentes de limpeza. O projeto atua como uma ‘oficina do som’, que utiliza instrumentos musicais no mínimo inusitados para fazer música. O processo de criação é iniciado com a escolha e a exploração dos timbres que podem ser retirados de cada objeto. Depois, durante os ensaios, os sons encontrados são organizados pelo ‘Baticumlata’.

Para as apresentações, o grupo de percussão da Emlur utiliza objetos encontrados no lixo e utensílios de trabalho, a exemplo de tonéis, baldes, vidros, peças de caminhão, vassouras, enxadas e até computadores como instrumentos musicais. O resultado é uma fusão de ritmos, que vão dos tradicionais baião, maracatu e ciranda, até elementos da cultura norte-americana como rap e funk.