‘Ednaldo do Egypto’ é reaberto como Centro de Arte e Cultura da PMJP

Por - em 563

As cortinas do Teatro Ednaldo do Egypto, no bairro de Manaíra, foram reabertas na noite da quinta-feira (22), graças a um convênio firmado entre a família do teatrólogo já falecido e a Prefeitura de João Pessoa (PMJP), que transformou o local no Centro de Arte e Cultura.

O espaço continuará nas sextas, sábados e domingos com pautas, recebendo peças teatrais, sobretudo as infantis, marca registrada do local. Nos demais dias, o tablado e demais cômodos receberão alunos da rede municipal de ensino, a fim dos discentes terem aulas de direção teatral, encenação, dança, leitura de artes dramáticas, dentre outras ações ligadas à dramaturgia.

Sensibilidade – A secretária de Educação de João Pessoa, Ariane Sá, considerou o momento uma ‘noite histórica’, lembrando a sensibilidade da administração municipal em manter a casa de espetáculos aberta ao público. “Havia a possibilidade desse teatro fechar, mas graças a essa sensibilidade a gente pôde incorporar esse espaço como mais um equipamento da Prefeitura de João Pessoa, administrado pela Secretaria de Educação e coordenado pela ação de Luiz Carlos Vasconcelos, tendo aqui dentro um projeto dirigido por Beto Black chamado ‘Sementes do Amanhã’, que traz os nossos alunos para esse teatro maravilhoso”, explanou.

Compromisso – Após as considerações de Ariane Sá, foi a vez do prefeito Ricardo Coutinho (PSB) salientar o compromisso da sua gestão com o incentivo às artes, lembrando as ações promovidas pela Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), os anfiteatros construídos nas praças públicas e o concurso da Educação que contempla diversas vagas para arte-educadores. “Está de volta o Teatro Ednaldo do Egypto e está de volta dentro de uma perspectiva nobre, que é a educação e a formação artística educacional. É por isso que fizemos esse investimento, e está aqui esse Centro de Formação”, comemorou.

Casa das Artes – Já o coordenador de Formação e Artes do município, Luiz Carlos Vasconcelos, disse que a ação da Prefeitura possibilita mais um passo importante para a produção teatral da cidade. “A partir do teatro virá o passo seguinte, que é a Casa do Ensino das Artes, uma extensão da Escola Municipal de Artes, que o prefeito estará anunciando em breve e teremos uma grade curricular dividida em três ciclos. Vamos ter um clico básico de quatro anos, um ciclo intermediário de quatro anos e um clico avançado de três anos, totalizando 11 anos de curso técnico de formação em teatro, dança, artes visuais e música para a cidade de João Pessoa, ligado com as escolas municipais do ensino fundamental”, antecipou.

Durante a solenidade foram registradas as presenças de familiares de Ednaldo do Egypto. O sobrinho do teatrólogo, André do Egypto, se disse feliz com a iniciativa da Prefeitura. Ele ressaltou o sonho do seu tio no que se refere ao fortalecimento do teatro no Estado e, em especial, na cidade de João Pessoa, revelando que, a partir da formalização do Centro de Arte e Cultura Municipal, a “obra de Ednaldo continuará”.

Peça – A solenidade que marcou o primeiro dia de funcionamento do Teatro Ednaldo do Egypto sob a responsabilidade da Prefeitura de João Pessoa (PMJP) teve a participação dos alunos da Escola Municipal Luiz Vaz de Camões, que encenaram o espetáculo ‘O Auto da Compadecida’, do escritor Ariano Suassuna. A peça teatral foi produzido dentro das atividades do ‘Ano Cultural Ariano Suassuna’, promovido pela PMJP durante 2007.

O texto foi adaptado pelo professor de artes Bento Junior e dirigido por Beto Black, reunindo 12 alunos em cena. Após a apresentação do ‘O Auto da Compadecida’ foi a vez da atriz Juliana Galdino entrar no palco com o monólogo ‘Anátema’, que reflete sobre a transição da vida e a morte numa linguagem densa e marcante. Juliana Galdino, uma das artistas mais premiadas do País, veio a convite da Prefeitura especialmente para a reabertura do Ednaldo do Egypto.