‘Tartarugas podem voar’ é atração do Cineclube Casarão 34, na quinta

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O Cineclube da Unidade Cultural Casarão 34, na sua sessão ‘Alvo Visual – Diálogos com a imagem’ deste mês, exibe na quinta-feira (29), a partir das 19h, o filme ‘Tartarugas podem voar’, com direção de Bahman Ghobadi. O filme tem 98 minutos de duração, foi rodado no Iraque e lançado no Irã, em 2004. O debatedor convidado é o mestre em filosofia Miguel Gally.

O evento, promovido pela Prefeitura Municipal (PMPJ), por intermédio da sua Fundação Cultural (Funjope), homenageia mais uma vez o ‘Mês do Artista Plástico’ interagindo com o Salão Municipal das Artes Plásticas (Samap), que está em cartaz até o dia 20 de junho próximo, reunindo trabalhos selecionados de 33 artistas de dez estados brasileiros, além de um coletivo cultural no Casarão 34, situado na Praça Dom Adauto, Centro da cidade.

O Cineclube Casarão 34 tem exibições quinzenais, alternando filmes documentais na sessão ‘Sódoc’ e películas que se relacionam com outras expressões artísticas na sessão ‘Alvo Visual’, sempre com a presença de um debatedor convidado, que estimula a discussão com o público após a exibição.

‘Tartarugas podem voar’ – É um filme escrito e dirigido pelo cineasta curdo do Irã, Bahman Ghobadi, lançado em 2004. É o primeiro filme feito no Iraque depois da queda do governo de Saddam Hussein. O filme denuncia o sofrimento de um campo de refugiados curdo entre o Iraque e a Turquia a partir de um mundo das crianças para além da inocência. O release contendo a sinopse da produção revela que o drama dessas crianças “reforça a poética e a sutileza do filme, que mostra ainda as limitações quanto à mobilidade geográfica e acesso a informação, e ao mesmo tempo a criatividade capaz de driblá-las de modos inusitados, onde antena parabólica e visões proféticas têm a mesma fonte mística; e a dor da vida parece ter na morte sua superação definitiva”.

E prossegue a análise constante da sinopse: “De fato, por detrás de um filme que capricha na música e na fotografia, temos ainda um tratamento peculiar da liberdade: o que ainda podemos fazer quando não podemos fazer coisa alguma? O filme trata, por isso, do limite da liberdade, de como, sendo livres, tartarugas ou crianças podem voar”. No comentário de Miguel Gally, debatedor da sessão, ele afirma que o filme “fala basicamente da liberdade, da possibilidade do ser humano ser livre para viver, de ser livre para comunicar, migrar, etc. Essa abertura radical da liberdade – mostrada por um autor que não pretende revolucionar o cinema – nos inspira a propor uma conversa sobre a autonomia da própria linguagem cinematográfica a partir de um diálogo com as idéias de Peter Greenway”.

Mais informações na Unidade Cultural Casarão 34, localizada na Praça Dom Adauto, 34, no Centro de João Pessoa, pelo telefone 3218-9708 ou ainda através do e-mail divisaodeaudiovisual@yahoo.com.br, em horário comercial.