‘Zé de Mila’ exibe o ritual do toré na Estação Ciência, neste domingo

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O ritual religioso e cultural do Toré vai movimentar a Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, neste domingo (19), a partir das 15h30, com a apresentação do Grupo de Tradição Popular ‘Zé de Mila’, da cidade de Bayeux. O evento, que faz parte das comemorações alusivas ao ‘Dia do Índio’, comemorado na mesma data, é uma realização da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) em parceria com a Estação.

O Grupo de Tradição Popular ‘Zé de Mila’, tem entre seus integrantes, vários remanescentes dos índios Potiguara, de Baía da Traição. Em suas apresentações, o grupo faz uma divulgação histórica dos antigos guerreiros mais famosos da Nação Potiguara, desde a época da colonização do Brasil, inclusive anunciando para o público a história do primeiro degredado brasileiro, o famoso Cacique Zarobabé, que veio a falecer, juntamente com a sua companheira e dois filhos, nas masmorras da cidade de Évora, em Portugal.
História – Os índios Potiguara – termo que significa ‘comedores de camarão’ – tiveram como chefe maior o Cacique Tejucupapo. Eram considerados, segundo historiadores, os melhores arqueiros da época. Por isso, foram requisitados pelos portugueses para auxiliar no combate aos índios Aimorés, da Bahia, que estavam destruindo a Capitania de Ilhéus, no mesmo Estado.

Com este fato, o guerreiro Zarobabé, embarcou em uma nau portuguesa, ao lado de 800 arqueiros, do Varadouro, em João Pessoa, atracando em Olinda, onde embarcaram mais 400 guerreiros Potiguara. Chegando à Bahia, retomaram a Capitania de Ilhéus e consequentemente, rechaçaram os Aimorés. Depois disso, os Potiguara foram enganados pelos portugueses, que lhes negaram condução de volta, o que lhes fizeram voltar a pé da Bahia, até a ‘Aldeia Jobim’, atualmente conhecida como Ilha do Bispo, onde foram recebidos como heróis.

Toré – É um ritual manifestado em forma de música e dança onde os índios invocam os espíritos e deuses para a cura de males e dores. É geralmente apresentado em solenidades indígenas e se divide em rito religioso, homenagens, passagens históricas e a dança propriamente dita.