147 novos microempresários são beneficiados com financiamento

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O Empreender-JP realizou nesta quarta-feira (20), a entrega de mais 147 cheques para financiamento de pequenos negócios na capital. A cerimônia foi realizada no auditório do Sebrae, em João Pessoa, e contou com a presença do prefeito Ricardo Coutinho e do vice, Luciano Agra. No total, foram liberados R$ 308.943,80 em empréstimos, num valor médio de R$ 2,1 mil.
Ricardo Coutinho voltou a destacar a importância do projeto para o município. Ele lembrou que a média de financiamento liberado está, hoje, em R$ 2 mil por pessoa, mais do que o dobro da média nacional, que gira em torno de R$ 967,00. A cada quatro inscritos no programa, um consegue retirar o empréstimo.

O prefeito também aconselhou os pequenos empreendedores a aderirem ao novo programa do Governo Federal que cria o Micro Empreendedor Individual (MEI). Através desse programa, o negociante poderá formalizar o empreendimento e ter direito aos benefícios do INSS. “Vai permitir que vocês vendam a outras empresas e também ao poder público”, disse.

Durante a solenidade, o secretário de Desenvolvimento Sustentável da Produção (Sedesp), Raimundo Nunes, parabenizou os beneficiados por fazerem parte de uma “família de seis mil pessoas”, todas contempladas com recursos do programa Empreender-JP. Em julho o programa vai completar quatro anos de existência. “É uma média de 1.500 pessoas beneficiadas por ano”, afirmou. Nunes aproveitou para dar alguns conselhos aos pequenos empreendedores, pedindo a eles que seguissem à risca o plano de negócio elaborado sob o acompanhamento dos técnicos do Empreender e que se esforçassem para pagar as prestações em dia de forma a aproveitar o benefício de redução de juros.

Exemplos de sucesso – Um dos primeiros a receber o cheque do Empreender nesta quarta-feira, foi o comerciante Helton Roberto Gomes de Sousa, de 32 anos. Há seis anos, ele trabalha com a venda de mel de abelha produzido no sítio da família, em Cabaceiras. O financiamento de R$ 1,1 mil chegou em boa hora: as chuvas dos últimos meses renderam uma florada melhor do que a média, o que garantiu uma alta de 60% na produção. Agora, Helton precisa comprar mais embalagens, o que vai conseguir com a ajuda do dinheiro do Empreender.

Animado com o financiamento, ele revela que tem planos ambiciosos para o futuro. Helton pretende retirar a certificação estadual que atesta a qualidade do produto comercializado e faz planos de fechar uma parceria para ampliar o apiário e produzir própolis para exportação. “Quero isso no mais tardar em dois anos”, comenta.

Ele tem bons motivos para querer crescer mais: a venda de mel garantiu um aumento de 100% na renda mensal deste empreendedor. “Antes eu trabalhava no setor de hotelaria e recebia uns R$ 600. Hoje, consigo ganhar o dobro disso aí”, afirma. A mudança de negócio veio a partir do desejo de ter um negócio próprio. “Eu estava insatisfeito, sentia essa vontade de ter algo meu e sempre tive essa ligação com coisas naturais”, conta.

Também surgiu da vocação o pequeno negócio da cabeleireira Claudenaura Marcolino da Silva, de 35 anos. Ela conta que começou a gostar da área de beleza aos 10 anos de idade. Com o pai barbeiro e a mãe também cabeleireira, Claudenaura conheceu seus exemplos dentro de casa. Há 12 anos tem um salão de beleza próprio, no bairro do Cristo, onde mora. E, agora, tomou o primeiro empréstimo do Empreender-JP. O objetivo é ampliar o salão e comprar equipamentos. “Eu sei que nasci para isso”, conta.

A comerciante Lúcia Amaral de Santana, de 64 anos, também sempre trabalhou na área que está hoje: a de venda de confecções em domicílio. Há mais de 20 anos ela começou na atividade e não parou mais. Com o empréstimo tomado no Empreender, Lúcia pretende comprar mais peças. “Eu trabalho com jeans e blusa, mas quero muito investir na área de cama, mesa e banho”, conta.
Outra que está no setor de confecções é Maria Geralda da Silva, de 47 anos. Dona de um pequeno magazine no bairro do Cristo, ela conta que consegue tirar por mês uma renda de R$ 2 mil. Agora resolveu tomar um empréstimo de R$ 3 mil do Empreender para comprar manequins, balcão e mais mercadoria. “Além do dinheiro, teve a parte do curso de capacitação, que eu amei. Aprendi demais. Sai de lá com a cabeça diferente”, conta.