33 famílias recebem moradias reconstruídas pela Prefeitura

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Mais 33 famílias que moravam em casas de taipa prestes a ruir receberam, na manhã desta sexta-feira (22), novas moradias construídas pela Prefeitura de João Pessoa (PMJP), através do Programa Subsídio à Habitação de Interesse Social (PSH). Foram 20 casas em Barra de Gramame e outras 13 no Engenho Velho, comunidades rurais da Capital. Já são mais de mil casas reconstruídas em alvenaria e entregues a famílias de baixa renda, na cidade. Entre os moradores, o clima era de alegria, por ter tido um sonho realizado.

O prefeito Ricardo Coutinho disse que ainda há muito o que fazer para dar uma vida digna à população mais pobre da cidade. Ele ouviu as reivindicações dos moradores das duas comunidades e garantiu que a Prefeitura continuaria buscando recursos e meios para sanar os problemas. “Não podemos fazer tudo de uma vez, porque os recursos são escassos. Mesmo assim, chegaremos ao mês de março com 3 mil casas entregues, três vezes mais do que o que foi feito nos últimos dez anos antes desta administração”, ressaltou.

A secretária de Habitação, Emília Correia Lima, lembrou que mais pessoas daquelas comunidades poderiam estar sendo beneficiadas, mas – acostumada com promessas não cumpridas – muita gente não acreditou no projeto e não assinou o contrato com a Prefeitura. Ela garantiu que todos os que moram em casas precárias terão nova oportunidade de se inscrever, pois o PSH já construindo outras casas da segunda etapa e inscrevendo famílias já para uma terceira etapa. “Vamos continuar trabalhando para erradicar as moradias de taipa da cidade”, disse.

Alegria do povo – A primeira entrega foi feita em Barra de Gramame. “Pedia muito a Deus que esse dia chegasse, mas vivia conformada, porque sabia que com o dinheiro que eu e meu marido ganha não dava para construir uma casinha. E agora eu tô aqui rica, com a minha casa, que é bem melhor do que eu sonhava. Todo dia eu limpo e capricho nela, porque um dia vou morrer, mas vou deixar uma herança para meus dois filhos”, disse a dona-de-casa Verônica Andrade, moradora de Barra de Gramame.

A história de Verônica é parecida com a de dezenas de famílias da comunidade, que nunca foram beneficiados pela política pública de habitação. “Minha casa caiu no inverno do ano passado. Aí fui morar num barraco de palha com meu marido e meus três filhos. O banheiro era no mato. Quando o pessoal da Prefeitura veio aqui dizer que ia construir casa, o povo da comunidade começou a dizer que era mentira, promessa de político. Mesmo sem acreditar muito, me inscrevi e, agora, tenho onde morar”, disse a pescadora Risonete dos Santos.

A líder comunitária, Rosilda Maria da Conceição, também ganhou uma casa e agradeceu à Prefeitura por ter levado o benefício à comunidade. Ela aproveitou a palavra para cobrar obras de infra-estrutura na localidade ao prefeito Ricardo Coutinho e seus secretários. “A minha casa estava toda escorada com paus e podia cair a qualquer momento e dentro moravam duas famílias, dez pessoas. Agora, cada uma tem sua casa e eu peço ao prefeito que leve o benefício a mais gente aqui da comunidade, que estava esquecida há vários anos. Eu também peço ao povo que participe da reunião do Orçamento Democrático, porque é lá que a gente é ouvido”, disse.

Produção rural – Por volta das 11h, o prefeito Ricardo Coutinho e a secretária de Habitação Emília Correia Lima, juntamente com outros auxiliares da administração, fizeram a segunda entrega de casas no Engenho Velho. As famílias também agradeceram a intervenção, não só na construção de moradia, mas também no incentivo à produção rural através do Programa Cinturão Verde, que acompanha os agricultores orientando sobre técnicas de produção e oferece financiamentos.

Cada casa possui 37,2 metros quadrados, com sala, cozinha, banheiro e dois quartos. A construção custa em média R$ 10 mil, recursos da Caixa Econômica Federal, com 20% de contrapartida da Prefeitura. O programa do Governo Federal é destinado a famílias de baixa renda. Na Capital, para ser beneficiado pelo PSH, a família deve morar em casa de taipa ou sem condições de habitabilidade e ser proprietária do terreno aonde será construída a nova moradia de alvenaria. Nesta modalidade, a família não paga nada pela nova casa.