SEPPM participa de lançamento da Campanha “Margarida na Memória”
A partir de agora quem quiser conhecer a história de luta da sindicalista Margarida Maria Alves, assassinada há 30 anos, vai poder ter acesso a um acervo sobre o caso histórico da morte da mulher que lutou por direitos trabalhistas e por uma vida melhor para os trabalhadores rurais. O acervo será disponibilizado pela Fundação Margarida Maria Alves, que, nesta sexta-feira (30), lançou a campanha “Margarida na Memória”, para divulgar o acesso ao acervo e estimular a doação de novos documentos sobre o caso.
O evento teve o apoio da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) e foi prestigiado pela secretária municipal Socorro Borges, da Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPPM). “A Fundação faz mais uma justa homenagem a Margarida Maria Alves, mantendo viva a memória dessa mulher que enfrentou os homens poderosos de sua época. Uma mulher corajosa e que deixou um legado não só como sindicalista, mas como mulher que lutou e que sofreu em meio a uma realidade na época extremamente machista”, comentou Socorro Borges.
Com a campanha, a Fundação passa a disponibilizar ao público mais de 35 documentos (entre atas, petições e recortes de jornal) relacionados à camponesa e ao seu assassinato que este ano completa 30 nos. Os documentos, requisitados quase sempre por estudantes e pesquisadores da Paraíba e de outros estados brasileiros, agora será acessado por meio do site da Fundação, no endereço eletrônico http://www.fundacaomargaridaalves.org.br/campanha-margarida-na-memoria/.
“A partir da demanda na procura por esses documentos, tivemos a ideia de digitalizar todos eles, e com isso também contribuir na tentativa de preservar a história de Margarida, disponibilizando esses documentos por meio do nosso site a qualquer pessoa que queira ter acesso”, destacou Marcina Pessoa, coordenadora de Projetos da Fundação.
Direito e cidadania – A Fundação Margarida Maria Alves foi fundada há 19 anos, como organização resultante do Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Arquidiocese da Paraíba. Nessas quase duas décadas, vem realizando ações principalmente em duas áreas de atuação: na democratização do direito à cidadania e na democratização do direito à justiça.
Nesta sexta, durante o lançamento da campanha, foi realizada a solenidade de formatura de 25 novos Juristas Populares. O curso está em sua 13ª edição e formou mais de 250 pessoas. Aberto a homens e mulheres, é direcionado a maiores de 18 anos, que tenham participação em movimentos sociais e que não tenham formação em ensino superior. Os juristas atuam em suas comunidades como multiplicadoras do conhecimento jurídico que obtiveram na Fundação. Nos últimos três anos, o curso foi realizado em parceria com a Fundação Interamericana (IAF).