Banco Cidadão impulsiona jovens na criação de micronegócios

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empreenderjp_ErmírioEmanoel_foto_gilbertofirmino_ (1)Jovens que não conseguem uma colocação no mercado de trabalho ou decidem se tornar empreendedores têm no Banco Cidadão da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) uma oportunidade para desenvolver suas atividades. A linha de crédito Jovem Empreendedor já emprestou a quantia de mais de R$ 422 mil, tendo beneficiado 149 jovens.

De acordo com o secretário do Trabalho, Produção e Renda, Raimundo Nunes, este apoio ao jovem será ainda maior no próximo ano, quando entrar em operação o Programa Territórios Empreendedores, que vai percorrer 27 comunidades de João Pessoa, oferecendo capacitação e microcrédito.

“Vamos inverter a lógica do empreendedorismo incentivando as pessoas a desenvolverem uma atividade conforme o meio em que vivem, ou ampliando aquilo que já fazem com o crédito do Banco Cidadão. Sabemos, por meio de pesquisas em algumas comunidades, que o número de jovens ociosos e sem emprego é grande, então, vamos levar o Sine-JP para as comunidades para realizar a intermediação de mão de obra no mercado e cursos de capacitação, mas vamos orientar quem quer se tornar empreendedor”, afirmou Raimundo Nunes.

Ele destacou que o universo de jovens atendidos pelo Banco Cidadão é bem maior do que a linha específica para as pessoas desta faixa etária. “Os 422 mil reais representam apenas uma parte dos valores. Desde o início do programa de microcrédito este público jovem já era atendido na linha tradicional e em outras, como a de capital de giro”, explicou Raimundo Nunes.

Empreendedores – O jovem de 21 anos, Ermírio Emanoel, tem um box de venda de material de construção, no Valentina Figueiredo. O negócio foi criado há um ano, mas com a necessidade de capital de giro, ele procurou o Banco Cidadão, fez a capacitação e foi contemplado com o crédito. “Eu já trabalhei em uma gráfica como assistente administrativo, mas preferi trabalhar para mim mesmo do que para os outros, e até agora está dando certo”, afirmou.

Ele aproveitou que o pai já trabalhava no ramo da venda de material de construção e montou seu box. “Eu comercializo materiais pequenos, como tintas, material hidráulico e elétrico. Coloquei uma maquineta de cartão de crédito para vender com parcelamento, e agora tenho capital de giro para equilibrar as contas”, falou.

Sonho realizado – Aos 19 anos, Camila Renata já vai realizar o sonho de ter sua própria loja de roupas. Assim, como Ermírio, ela preferiu arriscar empreenderjp_ErmírioEmanoel_foto_gilbertofirmino_ (3)em um negócio dela a procurar uma colocação no mercado de trabalho. “Eu já recebi o empréstimo do Banco Cidadão, que foi o meu primeiro, para começar a construir um box na minha casa, no Valentina, para vender as roupas”.

Conforme a nova microempreendedora, o crédito vai servir também para comprar as primeiras mercadorias. Antes da liberação dos recursos, todos os empreendedores passam por uma capacitação de introdução sobre gestão de uma microempresa o que, para Camila Renata, foi muito importante. “Aprendi muitas coisas sobre administração”, destacou.

Já Derick Vitor Ramos está apostando em um paint ball para ser bem sucedido nos negócios. “Eu já tive outras atividades, mas nenhuma deu certo. Há cinco meses montei um paint ball aqui no Bairro das Indústrias e o retorno está sendo positivo. Mas para poder investir, procurei o Banco Cidadão, por causa das taxas de juros mais baixas e pela facilidade de acesso ao crédito”, disse ele.