Comissão Municipal da Verdade discute regimento interno e programação

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Formação de grupos de trabalho, regimento interno e programação do calendário das reuniões que devem acontecer a cada 15 dias. Esses foram os temas da pauta da primeira reunião da Comissão Municipal da Verdade realizada nesta sexta-feira (4), no Paço Municipal, Centro. No próximo encontro, os membros vão eleger o presidente e os secretários da Comissão, que foi instituída pelo prefeito Luciano Cartaxo, por meio de Lei Ordinária assinada no ano passado.

Com um prazo de funcionamento de dois anos, a partir data de instalação, a Comissão Municipal da Verdade tem o objetivo de fazer um resgate histórico da ditadura militar em João Pessoa. Para tanto deve contar com o apoio de pessoas que viveram nesse período de tortura. Será feito um levantamento de dados dos locais, formas e pessoas que foram torturadas ou sofreram algum tipo de repressão, a exemplo dos meios de comunicação, universitários e secundaristas, artistas e políticos, para que ao final do período de funcionamento seja apresentado um relatório circunstanciado, contendo as atividades realizadas, as conclusões e recomendações.

A Comissão Municipal da Verdade tem o objetivo de colaborar com a investigação de atos ocorridos após o golpe de 1964, sendo criada também com a finalidade de acompanhar e subsidiar a Comissão Nacional e Estadual da Verdade nos casos de violação dos direitos humanos.

Membros- Cinco membros compõem a Comissão Municipal da Verdade que teve como pré-requisitos a idoneidade, conduta ética, além da identificação com a defesa da democracia e da institucionalidade constitucional.

A Comissão é composta por Zezé Bechade – jornalista, mestra em Direitos Humanos, diretora da TV Cidade de João Pessoa; Nazaré Zenaide – psicóloga, mestra em Serviço Social, doutorado em Educação e vice-coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos da UFPB; Rodrigo Freire – historiador, mestre em Ciência Política, doutor em Ciências Sociais e vice-diretor do CCHLA/UFPB; Monique Cittadino – historiadora, mestre em Ciências Sociais, doutora em História Econômica e chefe do Departamento de História/UFPB; e Marlene Almeida – artista plástica, membro do Comitê Estadual pela Verdade, Memória e Justiça e da Associação Cultural José Marti.