Sabadinho Bom homenageia o Rei do Rádio, Nelson Gonçalves

Por - em 521

bem-brasileirinho

O eterno Rei do Rádio, Nelson Gonçalves, morto há 16 anos, vai ganhar uma homenagem na voz de Cândido Pessoa, líder do grupo Bem Brasileirinho, pelo projeto Sabadinho Bom. Eles se apresentam depois de Joab do Sax, que abre a edição deste dia 16, às 11h30, na Praça Rio Branco, Centro Histórico da Capital. A entrada é gratuita.

O Sabadinho, um dos projetos mais queridos do público pessoense, é realizado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da Fundação Cultural (Funjope), com o foco na difusão do chorinho e do samba pelos talentos locais.

Joab do Sax – Joab Sobreira de Andrade, o Joab do Sax, vai apresentar para o público versões eternizadas do choro escritas por Jacob do Bandolim (“Gostosinho” e “Noites Cariocas”), Waldir Azevedo (“Brasileirinho”), Severino Araújo (“Espinha de Bacalhau” e “Um Chorinho para Você”), Pixinguinha (“Carinhoso”), Cartola e Vinicius de Moraes.

Começou a trajetória musical no saxofone aos 12 anos, em Uiraúna (PB). Participou de vários grupos musicais do Sertão, como o Quarteto Luz de Saxofones, os Originais do Forró e a Orquestra Uiraunense de Frevo. O contato com a pluralidade rítmica regional o encaminhou para a seara popular. Em João Pessoa, aprimorou-se no estudo dos instrumentos de sopro com os saxofonistas Arimateia Veríssimo (Teinha) e Heleno Feitosa (Costinha).

Em 2008, lançou o primeiro CD solo instrumental, “Não Desanime”, com releituras famosas do choro, baião, forró e frevo de nomes como Pixinguinha, Abel Ferreira e Severino Araújo. Também participou da Semana do Músico de João Pessoa de 2012 e integrou a Camerata Popular da Paraíba. Tocou ainda ao lado de Diana Miranda e compôs a Orquestra PB Pop, do maestro Rogério Borges, e a Banda Filarmônica José Siqueira, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Bem Brasileirinho – Fundado há um ano a partir de uma série de encontros descontraídos entre amigos músicos, o Bem Brasileirinho é mais um grupo a levantar a bandeira do samba-raiz. O repertório, normalmente calcado em sucessos antigos do samba, desta vez vai privilegiar a obra deixada por Nelson Gonçalves, o terceiro maior vendedor de discos da história do Brasil, e também em bossas e chorinhos de sucesso de Altemar Dutra e Tom Jobim.

De Nelson Gonçalves, o grupo vai tocar “Boneca de Trapo”, “Matriz ou Filial”, “Boemia”, “Meu Vício é Você” e outras saudosas. “Vamos atender aos pedidos da plateia e fazer a eleição do casal pé de valsa mais animado”, antecipa Candinho, dono dos vocais graves inspirados no “Metralha”, o apelido de adolescência do cantor a quem prestará tributo.