Solistas de oito países tocam na Igreja do Carmo no Festival de Música Clássica
Oito solistas de nacionalidades diferentes e enorme repercussão mundial vão brilhar em mais uma noite de concertos do II Festival Internacional de Música Clássica. A apresentação da terça-feira (2), às 18h, será na Igreja do Carmo.
Lá estarão, em ensembles diversos de duos, trios, quartetos e quintetos, os músicos Asi Matathias (Israel/violino), Horácio Schaefer (Brasil/viola), Ana Maria Chamorro (Brasil/violoncelo), Carla Meijers (Holanda/flauta), Hajime Konoe (Japão/fagote), José Luis Sogorb (Espanha/trompa), Jeroen Soors (Bélgica/oboé) e Arjan Woudenberg (Holanda/clarinete). O II Festival Internacional de Música Clássica é uma promoção da Prefeitura Municipal de João Pessoa, com patrocínio do BNDES.
Com apenas 25 anos e pupilo de Pinchas Zukerman, Asi Matathias é conhecido como um dos maiores violinistas de sua geração. Foi o mais jovem estudante da Universidade de Música e Arte de Viena. Sua estreia, sob a batuta de Zubin Metha, foi aos 14 anos, com a Orquestra Filarmônica de Israel. Seus recitais cobrem toda a Europa, Estados Unidos, Ásia e Israel, bem como salas como Carnegie Hall, Auditório Stern, Salão Izumy, no Japão, e o Centro Nacional de Artes do Canadá. Já gravou para a BBC, CBC, WQXR, IBA e ORF.
Hajime Konoye, fagotista da Filarmônica Neerlandesa, nasceu na Alemanha, mas cresceu em Tóquio. Após ter se graduado pela Universidade de Tóquio em música, tornou-se primeiro fagote da Filarmônica do Novo Japão sob a regência de ninguém menos que Seiji Osawa. A relação com o maestro permanece até hoje: ele é convidado de Osawa em todos os verões para tocar na Orquestra Saito Kinen. Foi bolsista da Agência Cultural do Japão e primeiro fagote da Orquestra de Câmara da Rádio Holandesa. Sua performance do concerto de Mozart para fagote na Concertgebouw foi transmitida ao vivo para toda a Europa. No ano passado, fez um tour com a Orquestra Filarmônica da Ásia sob regência de Myung Whun Chung.
O trompista Jose Luis Sogorb nasceu na Espanha. Cursou o Conservatório de Alicante com Vicente Navarro e continuou os estudos no Conservatório Real de Hague. Depois de ter atuado em várias orquestras europeias, tem tocado como solista convidado da Orquestra Real da Concertgebouw, da Filarmônica de Roterdã, da Orquestra Local de Hague, da Palau de Les Arts e da Filarmônica de Londres. Foi membro da Orquestra Het Gelders, na Holanda, e recentemente, assumiu o primeiro posto como trompista da Sinfônica da Galícia.
Jeroen Soors recebeu as primeiras lições de oboé aos 10 anos. Graduou-se no Instituto de Artes do Norte de Limburgo em 2002, quando venceu diversas competições nacionais na Bélgica. Seguiu os estudos no Conservatório de Tilburgo e depois no Conservatório Real da Antuérpia. Selecionado pelo programa de estudos Erasmus, passou seis meses em Karlsruhe, na Alemanha. Em 2006 e 2007, foi selecionado para compor a Orquestra Jovem na União Europeia e para a Orquestra Gustav Mahler, viajando por toda a Europa, Ásia e América do Sul. Em 2008, foi oboé-solo da holandesa Orquestra Gelders, de 2011 a 2013, e da Orquestra de Câmara da Rádio Belga.
O holandês Arjan Woudenberg esteve em João Pessoa em 2013 como convidado da primeira edição do festival. Estudou clarinete no Conservatório Den Haag, a mais tradicional instituição de música do seu país, e a seguir no de Amsterdã. Depois de terminar os estudos em 2003, assumiu a vaga de primeiro clarinetista da Filarmônica da Rádio Holandesa e da Filarmônica da Rádio Kamer. Foi solista de várias orquestras europeias. Com o Quarteto De Doelen gravou o concerto de câmara de Karl Amadeus Hartmann para a gravadora alemã Cybele Records.
A holandesa Carla Mejiers começou na flauta aos 8 anos e seguiu como aluna do Conservatório Real. Desde 1983, é flauta-solo da Orquestra Filarmônica da Rádio Holandesa. Como convidada, tocou com as Orquestras Asko-Schoenberg e as Filarmônicas de Roterdã, de Flandres e Neerlandesa. Fez a première de peças de Messiaen, Boulez e Hartmann e dá aulas de flauta na Orquestra Jovem do Norte da Holanda.
Horácio Schaefer aperfeiçoou-se na Alemanha com Max Rostal, onde terminou seu mestrado já como violista, e obteve o primeiro prêmio na Escola Superior de Música de Colônia. Tocou na Orquestra de Câmara de Solistas Bach, foi spalla das violas da Filarmônica de Essen e violista do Quarteto Ravel-Köln, da Orquestra da Rádio de Frankfurt e no seu sexteto de cordas. Como membro do Quarteto Amazônia, ganhou o Grammy da Música. Foi spalla das violas da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal de São Paulo e, desde 1998, é spalla da Osesp.
Ana Maria Chamorro estudou violoncelo no Brasil com Zigmund Kubala, na USP. Na Alemanha, prosseguiu com Eduardo Vassalo, Friedmman Dahn e Joachim Griesheimer, além de cursar música de câmara com Saschko Gawriloff (spalla da Orquestra Filarmônica de Berlim) e músicos do Quarteto Amadeus. Foi professora da Escola de Música de Wiehl (Alemanha) e integrou as alemãs Rheinisches, Köln e Klassische Telekomm Bonn. Foi também primeiro violoncelo da Tippet Ensamble e violoncelo-solo da Orquestra de Câmara de Heidelberger. Hoje toca na Nova Orquestra dos Países Baixos.
Serviço:
Dia 2 de dezembro, terça – 18h
Local: Igreja do Carmo (Praça Dom Adauto)
Asi Matathias (Israel/violino), Horácio Schaefer (Brasil/viola), Ana Maria Chamorro (Brasil/violoncelo), Carla Meijers (Holanda/flauta), Hajime Konoe (Japão/fagote), José L. Sogorb (Espanha/trompa), Jeroen Soors (Bélgica/oboé), Arjan Woudenberg (Holanda/clarinete)
Entrada gratuita
Capacidade: 300 pessoas
Programa:
Haydn: Divertimento nº 2 para flauta, violino e violoncelo
1- Allegro
2- Adagio
3- Allegro
Messiaen: Appel Interstellaire para trompa solo
(extraído da obra Des canyons aux étoiles)
Danzi: Quinteto de sopros em sol menor op 56 nº 2
1- Allegretto
2- Andante
3- Minueto
4- Allegro
P.Taffanel: Quinteto para sopros em sol menor
1- Allegro
2- Andante
3- Vivace
Rossini: Quarteto para sopros nº 4 em si bemol maior
1- Allegro vivace
2- Andante
3- Rondo