Trio apresenta concerto para Beethoven e Piazzolla na Igreja São Bento nesta quarta-feira (3)

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Asi Matathias israel violinoParceiros de longa data no São Paulo Arte Trio, o pianista Paulo Gazzaneo e a cellista Ana Maria Chamorro recebem o israelita Asi Matathias para dividir palco em um concerto na quarta (3), às 14h30, na Igreja São Bento. A apresentação, pelo II Festival Internacional de Música Clássica, tem entrada gratuita, realização da Prefeitura Municipal de João Pessoa e patrocínio do BNDES. No programa, o Trio nº 3 op. 1 com piano de Beethoven e As Quatro Estações Portenhas de Piazzolla.

Com apenas 25 anos e pupilo de Pinchas Zukerman, Asi Matathias é conhecido como um dos maiores violinistas de sua geração. Foi o mais jovem estudante da Universidade de Música e Arte de Viena. Sua estreia, sob a batuta de Zubin Metha, foi aos 14 anos, com a Orquestra Filarmônica de Israel. Seus recitais cobrem toda a Europa, Estados Unidos, Ásia e Israel, bem como salas como Carnegie Hall, Auditório Stern, Salão Izumy, no Japão, e o Centro Nacional de Artes do Canadá. Já gravou para a BBC, CBC, WQXR, IBA e ORF.

Ana Maria Chamorro estudou violoncelo no Brasil com Zigmund Kubala, na USP. Na Alemanha, prosseguiu com Eduardo Vassalo, Friedmman Dahn e Joachim Griesheimer, além de cursar música de câmara com Saschko Gawriloff (spalla da Orquestra Filarmônica de Berlim) e músicos do Quarteto Amadeus. Foi professora da Escola de Música de Wiehl (Alemanha) e integrou as alemãs Rheinisches, Köln e Klassische Telekomm Bonn. Foi também primeiro violoncelo da Tippet Ensamble e violoncelo-solo da Orquestra de Câmara de Heidelberger. Hoje toca na Nova Orquestra dos Países Baixos.

Paulo Gazzaneo começou sua carreira internacional como pianista em recital na Kisterem da Liszt Ferenc Zeneművészeti Főiskola (Budapeste). Após cinco anos de estudos na Europa, voltou para São Paulo, sua terra natal. Gravou oito discos com os selos Paulus, YBrazil Concerto e PMC. Dá aulas na Escola de Música do Estado de São Paulo, é diretor do Festival Internacional de Música de Bragança Paulista, consultor da sessão internacional do Festival de Música Clássica de João Pessoa, pianista da Orquestra Filarmônica do Brasil e membro-fundador do São Paulo Arte.

Sobre o programa – A história guarda uma cena curiosa. Ao apresentar pela primeira vez os Três Trios para piano, Beethoven convidou o mundo artístico e amantes da música clássica, e especialmente Haydn, cuja opinião era aguardada por todos, para ouvir.

Os Trios foram tocados ordenando imensa atenção da plateia. Haydn fez elogios, mas aconselhou Beethoven a não publicar o terceiro. O músico ficou atônito, pois considerava justo o terceiro como o melhor da série e atribuiu à inveja e ciúmes o comentário. Bem depois, aproveitando uma ocasião, Beethoven tomou satisfações e pediu a Haydn para confirmar sua opinião, ao passo que este afirmou que não tinha acreditado que esse trio seria “tão facilmente compreendido e tão bem recebido pelo público”.

As Quatro Estações Portenhas foram escritas por Astor Piazzolla entre 1965 e 1970 e executadas primeiramente por seu famoso quinteto (violino, piano, guitarra elétrica, contrabaixo e bandoneon). Tratava-se inicialmente de peças separadas – foi somente mais tarde que Piazzolla as adaptou como suíte –, que ganharam célebre arranjo de seu parceiro, José Bragato. É uma das mais conhecidas e belas obras do grande renovador da música argentina.

Serviço:

3 de dezembro, quarta – 14h30

Local: Igreja São Bento (rua Gal Osório)

Asi Matathias (Israel, violino), Ana Maria Chamorro (Brasil, violoncelo),

Paulo Gazzaneo (Brasil, piano)

Entrada franca

Programa:

Beethoven: Trio com piano nº 3 op 1

1- Allegro com brio        2- Andante cantabile con variazioni  3- Menuetto (Quasi        Allegro)          4- Finale (Prestissimo)

Piazzolla: As quatro estações portenhas

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