Terceiro dia é marcado pela emoção de quem teve o primeiro contato com a música clássica
Emoção, surpresa e encantamento marcaram a tarde desta terça-feira (02) do II Festival Internacional de Música Clássica de João Pessoa. O evento, cuja programação prevê 22 concertos gratuitos em igrejas históricas e pontos turísticos da Capital, é uma realização da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio de sua Fundação Cultural (Funjope).
Duas igrejas no Centro da Capital sediaram o terceiro dia do Festival. Na Igreja de São Bento, na Avenida General Osório, solistas consagrados combinados em duos, trio e quarteto com piano, fizeram uma apresentação que agradou tanto ao público amante da música clássica quanto as pessoas que não têm o hábito de prestigiar o estilo musical.
E este é, aliás, um dos objetivos do festival – democratizar o acesso a das mais diversas camadas da sociedade à música clássica, como destaca o maestro e coordenador do evento, Laércio Diniz. “Acho que temos cumprido com esse objetivo, tanto é que nos concertos temos visto pessoas da mais alta a mais baixa classe social. E isso só é possível quando se faz música de qualidade, independente do estilo, seja rock, MPB ou forró”, destacou.
Atentos a apresentação dos músicos internacionais, alunos da Escola Municipal Anísio Teixeira – convidados especiais para a tarde musical na Igreja de São Bento , aprovaram a iniciativa. Ana Beatriz, de 15 anos, acredita que esse foi o primeiro de muitos contatos que a estudante pretende ter com a música clássica a partir de agora.“Logo na apresentação do dueto de violino eu fiquei emocionada. É diferente de quando vejo pela televisão. Antes eu não prestava tanto atenção, mas depois do que vi aqui pretendo ouvir mais. Me tocou demais”, finalizou.
A tarde musical foi encerrada na 1° Igreja Batista, também no Centro da Capital, com o melhor da música de câmara. A apresentação do sexteto de metais Brassil, que é considerado o mais antigo em atividade do País, reuniu composições autorais e de grandes músicos do País e do mundo.
Aclamado a cada interpretação e com direito a bis no final da apresentação, o grupo também agradou o grande público presente a Igreja Batista. O advogado Severino José da Silva saiu emocionado e diz que aprova a realização do evento na Capital. “Vejo essa iniciativa como um colosso. Larguei o que tinha pra fazer para assistir o evento. Desde o ano passado que acompanho e espero que ano que vem continue”, disse.
O Festival, que já está em sua segunda edição e caminha para entrar no calendário nacional de cultura, começou dia 30 de novembro e se estenderá até o próximo dia 6.