Casarão 34 traz de volta Salão Municipal de Artes Plásticas para Centro Histórico

Por - em 1515

SONY DSCApós um hiato de dois anos, João Pessoa volta a abrir o Salão Municipal de Artes Plásticas. Com obras de artistas de todo o País, o XV Samap volta assumindo um recorte representativo da arte contemporânea brasileira nas suas vertentes gráfica, pictórica e imagética em 20 obras, incluindo instalações, pinturas, fotomontagens e objetos. A solenidade de abertura será nesta terça-feira (9), às 19h, no Casarão 34 (na Praça Dom Adauto), onde as obras ficarão expostas por três meses para visitação gratuita.

“Do ponto de vista curatorial, esta edição primou por selecionar o que de mais novo está se produzindo em matéria de arte contemporânea nos salões do Brasil, trazida por uma nova geração de artistas – uns com carreira mais consolidada, outros praticamente debutando no mercado”, sintetiza Sidney Azevedo, diretor do Casarão e artista plástico com passagens duas vezes pelo Samap.

O Salão recebeu pouco mais de 180 inscrições de nomes do Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Brasília, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraíba. Da primeira comissão participaram Raphael Fonseca (RJ), Divino Sobral (GO) e Erinalo Alves (PB), que selecionaram 40 propostas artísticas dos 143 projetos analisados – das quais nove restaram habilitadas documentalmente para integrar a mostra. A segunda comissão, composta por Rosires Carvalho (PB), Monique Alves (PB) e Willliam Costa (PB), selecionou 11 propostas dos 42 projetos inscritos e habilitados documentalmente, chegando, assim, ao número de 20 que compõem, enfim, o Salão.

CANDICE DIDONET - NUVEM PARTICULAR1Os selecionados foram Antonio Filho, Candice Didonet, Cyntia Werner, Inocencio, Gilio Mialich, Leandro Santiago, Miriam Tolpolar, Moisés Crivelaro, Nelton Pellenz, Augusto de Barros, Cecília Bona, David Magila, Giovanni Ferreira, Jana Castoldi, Marcelle Manacés, Marcio Marques, +Um Coletivo de Arte, Roberta Tassinari, Társila Peixoto e Mariana Oliveira.

Durante a solenidade de abertura, a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da sua Fundação Cultural (Funjope), distribuirá a 16desses artistas um prêmio pela participação no valor de R$ 2,5 mil, e aos quatro mais bem avaliados, R$ 10 mil. Os critérios quanto à decisão cabem à comissão julgadora, composta pelo diretor do Museu Nacional de Brasília,Wagner Barja, ao artista plástico e crítico Raul Córdula Filho e à professora de Artes da Universidade Federal da Paraíba Maria Helena Magalhães, que anunciarão os nomes na noite desta terça, após a performance cênico-musical “Foi…”, do +Um Coletivo de Arte, um dos contemplados.

Preparativos – Os preparativos para o XV Samap levaram duas semanas de intenso trabalho e incluíram pintura, ajustes na parte elétrica e nos módulos para acomodar as obras e instalação de spots. O desenho do espaço coube a Valquíria Farias, coordenadora de eventos artísticos do Casarão 34.

Os trabalhos (visões do próprio artista):

Antônio Filho

Estudou, de 2000 a 2006, Arquitetura e Urbanismo na UFPE e, atualmente, Artes Visuais na UFPB. Iniciou sua trajetória nas artes visuais em 2010, com desenho e pintura sobre cartas topográficas e planos urbanísticos. Sua produção tem como pesquisa a relação entre o homem e a cidade, numa investigação sobre a memória nos processos de transformação da paisagem urbana. Em 2012 foi finalista do 3º Prêmio Belvedere de Arte Contemporânea de Paraty (RJ) e, no mesmo ano, realizou sua primeira exposição individual, intitulada “FLUXO”, na Aliança Francesa de João Pessoa.

“Meu’ bairro, ‘minha’ cidade, ‘minha’ favela, ‘meu’…?”

“Mapa, no dicionário, é definido como uma representação gráfica e bidimensional de um território. E o mapeamento não é somente para estabelecer uma localização espacial. É também, e principalmente, simbólico, resultante de uma relação emocional com os lugares mapeados. Tomado desses conceitos, o trabalho propõe a reflexão sobre as sensações de pertencimento que se estabelecem com o lugar. Para tal, o artista propõe a sobreposição, no traçado urbano de João Pessoa, de um desenho em vermelho, de seus trajetos e deslocamentos e a inserção de cubos contendo areias de diferentes pontos da cidade, com os quais estabelece relações afetivas. A utilização dos pronomes possessivos reforça e ironiza estas sensações, visto que a cidade se estabelece por ser uma construção coletiva”.

Jana Castoldi

Graduada em Artes Visuais pela UFRGS em 2010, realizou exposições individuais em Porto Alegre, João Pessoa, Garanhuns e Berlim. Participou de salões e festivais de artes no Rio Grande do Sul, Paraíba e Paraná e de diversas exposições coletivas pelo País. Também trabalha com intervenções urbanas, VJing, vídeos e animações para a área musical e produção de arte.

“A memória também é fluida e maleável”

“A instalação apresenta registros em vídeo de vivências em torno da água, juntamente com imagens de olhares de figuras humanas, projetados em um recipiente contendo água. A partir do título são estabelecidas relações entre a água e a memória humana, por suas características comuns de fluidez, adaptação, maleabilidade, por misturarem-se, transformarem-se ese esvaírem”.

Marcelle Manacés

Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Santa Úrsula, especialização em História da Arte e Arquitetura no Brasil pela PUC-Rio e pós-graduada em Fotografia e Imagem pela Iuperj. Mestranda em Estudos Contemporâneos das Artes pela Universidade Federal Fluminense. Desde 2011, estuda teoria da fotografia e vem desenvolvendo trabalhos artísticos no campo da linguagem fotográfica, refletindo sobre sua materialidade e formas de significação.

Leandro Santiago

Expôs no 3º Salão de Artes Visuais Sesc Paraíba, II BIG (Bienal Internacional de Guarulhos do Pequeno Formato), Mirações de 0 a 10, Mostra de Poesia Visual Brasileira da 1ª década do séc. XXI, BIT! – Festival de Fotografia da Incubadora de Artistas – Projeções Noturnas 2013 – 2º Salão de Artes Visuais Sesc Paraíba (Prêmio Incentivo)

Memorial descritivo:

“Proponho-me a materializar o sentido em imagem, fazendo um exercício poético utilizando objetos e suas representações gráficas como se fossem palavras de um novo vocabulário. Situados em um novo lugar, despidos da sua natureza convencional, os objetos estão frente à câmera fotográfica, emitindo signos comunicativos. Partindo do pressuposto estético da semelhança, os conceitos e sentidos naturais dos objetos são instigados para outras compreensões, explorando suas capacidades simbólicas com analogias, metáforas, paradoxos, metonímias e outras figuras retóricas visuais que oferecem ao espectador um jogo de percepção poética/visual e o conduzem a um diálogo interior”.

Nelton Pellenz

Nasceu em São Paulo das Missões (RS), em 1967. Graduou-se em Administração e realizou diversos cursos na área artística. Participa de salões de arte e mostras e festivais de cinema desde 2005, sistematicamente, ano em que iniciou sua produção artística. Realizou duas exposições individuais de fotografia em 2013, em Porto Alegre, e participou em 2014 do V Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia (PA) e do 10º Prêmio Paraty em Foco (RJ), entre outros.

“Referenciais móveis para cidades em trânsito”

“Os marcos referenciais são espaços de uma cidade utilizados pelos transeuntes para se localizar espacialmente. No entanto, com o crescimento urbano e a tendência à padronização da arquitetura, a visibilidade dessas referências acaba sendo prejudicada. Se no passado, os marcos eram nítidos e óbvios, na nova realidade urbana há que se descobri-los. Tomado desses conceitos, comecei a perceber que o deslocamento das nuvens, em dias nublados, fazia com que o sol atingisse diretamente alguns espaços, com a natureza se encarregando de destacá-los, referenciando-os momentaneamente ao observador. A partir desses movimentos no céu, outras relações espaciais acabaram sendo criadas neste cenário, apresentando diferentes recortes e hierarquias visuais e reforçando essa perspectiva sobre o tema. Esses registros foram feitos do meu apartamento, meu principal marco de referência na cidade”.

Mariana Oliveira

Mariana Oliveira (1988), formada em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (2010), nasceu e vive em São Paulo. Desenvolve trabalhos com diferentes suportes e técnicas. Dentro de sua pesquisa, são pensadas formas distintas dereflexão sobre o desenho em relação à história, arte e arquitetura, performance e video.Entre suas principais exposições estão: Ir y no Venir -Homesession (Barcelona, 2012), 20º Salão de Artes Plásticas de Praia Grande (2013), SAC – 44º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba (2012), 38° Sarp – Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional – Contemporâneo (2013), Entre Paredes – Sesc Piracicaba (2013), 25ª Mostra de Arte da Juventude – Sesc Ribeirão Preto (2014).

“Algum Lugar”

“Série de três desenhos feita como continuação de fotografias de fragmentos de lugares existentes no Brasil. A fotografia é usada como ponto de partida para a continuidade da imagem através do desenho imaginário. A composição da imagem resultante por meio da fotografia original e do desenho é uma nova imagem, agora fictícia”.

Gilio Mialichi

É artista visual e arte-educador nascido em São Paulo em 1980. Atualmente vive e trabalha em Limeira. Foi criado no interior e isso influenciou seu interesse artístico pela paisagem, onde encontra motivação para produzir. Investiga o universo materno pessoal em sua produção, relacionando sua poética criativa, ações humanas e a natureza. Formado em Arte e especializado em Estética e História da Arte.

Série “Ninho”

“Esse projeto afirma, na sua feitura, um híbrido de autoria, manufatura, tecnologia e terceirização, da criação dos desenhos até o trabalho de impressão gráfica. A série apresenta o universo materno do artista como poética criativa e entende metaforicamente os elementos usados como uma gestação”.

Cyntia Werner

Cyntia Werner (1979) é natural de Joinville e mora em Curitiba. Jornalista, formada pela PUC do Paraná e artista plástica, é formada pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Participou do 11º Salão Elke Hering – Mostra Nacional Contemporânea de Artes Visuais (Blumenau, 2014), 43º Coletiva de Artistas de Joinville (2013), O Curinga está morto, Solar do Barão (Curitiba, 2013), 10º Salão Elke Hering – Mostra Nacional Contemporânea de Artes Visuais (Blumenau, 2012), 63º Salão de Abril (Fortaleza, 2012), 43º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba (2011).

“Vale da estranheza”

“O trabalho é uma série com seis estudos anatômicos feitos com lápis grafite sobre papel e estas figuras são apresentadas como se fossem marionetes, onde o modelo que posa para o desenho pode ser manipulado para que fique na posição desejada. O título foi retirado de um estudo sociológico da relação entre o ser humano e a robótica, em que o vale acontece no momento que a figura do robô se aproxima tanto da aparência humana que passa a causar repulsa, pois apesar da aparência ‘quase’ humana, ainda apresenta características de robô como movimento e fala”.

Candice Didonet

Artista e pesquisadora gaúcha radicada em João Pessoa desde 2013. É graduada em Comunicação das Artes do Corpo pela PUC-São Paulo e mestre em Dança pela Universidade Federal da Bahia. É professora da Universidade Federal da Paraíba nos cursos de Licenciatura em Dança e Teatro atuando principalmente em interlocuções artístico-educacionais entre dança contemporânea, performance e artes visuais.

“Nuvem particular”

“É um objeto coreográfico que agrega as nuvens como imagens-metáforas à performance disparadora de sua vivência. O objeto pendurado pode ser manuseado, priorizando o intermezzo entre o teto e o chão. Em sua materialidade plástica, a obra busca provocar dinâmicas observadas nas nuvens e, no processo de investigação artística, foi criada uma estrutura flexível de elásticos em que são amarrados e desamarrados aproximadamente 70 sacos plásticos transparentes e cheios de ar.Passageira, leve ou pesada, evidencia a observação, a pausa e a modificação constante de movimentos”.

Miriam Tolpolar

Artista plástica, mestre em Poéticas Visuais pelo Instituto de Artes da UFRGS (2003) e professora de Litografia do Atelier Livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre desde 1997. Dedica-se à gravura, em especial à litografia, objeto de suas pesquisas nos últimos anos. Desde 1983, vem participando de salões de artes, exposições coletivas e bienais de gravuras no Brasil e exterior, tendo recebido inúmeros prêmios. Em 2007, realizou nas Salas Negras do Margs (Museu de Arte do RS) a exposição individual “Miriam Tolpolar – 20 anos de litografia”, tendo recebido o II Prêmio Açorianos de Artes Plásticas-Destaque em Gravura. Em 2014 lançou o livro “Memória da Litografia: pedras raras”.

“A Aroeira”

“Este projeto compreende uma série de dez impressões litográficas sobre lenços brancos, compondo uma instalação gráfica. A imagem foi impressa a partir do branco e, para cada nova impressão foi-se acrescentado um grama de pigmento preto até a imagem atingir o negro. Desta forma a mesma imagem vai se repetindo em sucessivas impressões, do negro até o apagamento, ou vice-versa. É um diálogo com as questões relacionadas à memória, identidade, repetição e sequencialidade. Pequenas anotações registrando ideias e lembranças são o ponto de partida para impressões em lenços e guardanapos, suportes pouco convencionais, e resultam do cruzamento de diversos procedimentos envolvendo imagens fotográficas, desenho e impressões através de recursos técnicos da litografia, objeto de pesquisa desenvolvida desde o período de mestrado, em 2004”.

Roberta Tassinari

Mestre em artes visuais, recentemente participou de uma residência artística na Schoolof  visual Arts, em Nova York. São suas as exposições “Matéria: contenção e expansão” (Galeria Iberê Camargo), “Gasômetro”(Porto Alegre, 2014), “Croma” (Museu Histórico de Santa Catarina),“Pinturas” (Galeria Municipal de Arte Victor Kursancew, Joinville),“Cor-Matéria” (Museu de Arte Contemporânea de Goiânia).

“Caixa de Feira”

“Consiste em caixas suspensas na parede elaboradas em acrílico branco leitoso, acrílico cristal e tecidos de nylon, comumente utilizados para fazer objetos utilitários como sacolas de feira. A partir destas sobreposições de tecidos, acontecem situações referentes ao universo da pintura, e é comum a todas a veladura, criada através das camadas translúcidas do nylon.

A apropriação de um material comum do cotidiano ganha outro status. E através da sua manipulação, altera a função original e adquire função contemplativa”.

Augusto Barros

Graduado em Educação Artística, especialista em Mediação Cultural e mestrando em Artes Visuais. Toda a formação acadêmica se deu pela Universidade Federal de Pernambuco. Artista e Arte-Educador, desenvolve pesquisa plástica e conceitual com foco na palavra e na escrita enquanto elementos visuais e teóricos no campo das Artes Visuais.

“Horizonte”

“Inicialmente a obra ‘Horizonte’ se propunha a um início de diálogo entre o espectador e ela mesma; em uma tentativa de apaziguar possíveis tensões entre o espectador e as construções artísticas contemporâneas. Contudo, a obra tendeu conceitualmente para uma inversão dos papéis entre o público e a obra de arte. Sob uma constante necessidade de objetivar tudo o que toma contato, o espectador precisa saber o que é, para que serve de onde veio a ideia, etc. Horizonte enquanto busca, enquanto promessa”.

Giovanni Ferreira

Giovanni Ferreira (Porto Alegre, 1983) é mestrando em Estudos Contemporâneos das Artes, Universidade Federal Fluminense (2014/2016). Desde 2006, começou a investigar a relação da matéria no espaço, do ideal de materialização do ar atmosférico. Participou de várias exposições de programas de interferência urbana, destacando-se o Prêmio Energias na Arte, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. Já realizou quatro mostras individuais, como o projeto específico no Museu de Arte Contemporânea do Paraná. Recebeu 12 prêmios, além de algumas distinções e seleções em editais. Nove obras suas encontram-se em acervos de instituições no Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo e tem trabalhos publicados em vários catálogos.

Série “Arparadores” | 2014

“São estruturas demarcadoras de um território. Sem a pretensão de destacar essas balizas do ar, e sim tornar visível essa área envolvida por faixas adesivas. É um modo de fixar, de sobressair, o imperceptível ar. A passagem de um determinado tempo é retida na cola dessas fitas transparentes, e a partir desses registros monto desenhos que adquirem uma parcela da atmosfera desses lugares. ‘Arparador’ é a marcação do espaço e a impressão de tudo que transitou e envolveu esse ambiente durante um intervalo de tempo”.

Cecilia Bona

Formada em desenho industrial, Cecilia Bona se desencantou com o processo de produção da indústria e resolveu trocar a profissão pelas artes plásticas. Montou um ateliê e foi fazer objetos que satisfizessem sua sede poética. Primeiro se encantou com a luz, depois passou a observar o lugar dos objetos industrializados — com os quais outrora trabalhara — na vida cotidiana das pessoas. Mestre em artes visuais, venceu o prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2013 para a ocupação da marquise em Brasília e participou dos salões de arte de Anápolis e Blumenau em 2014.

Memorial

“Frente à cor-luz, somos repentinamente capturados pelo arrebatamento pueril. A criança brinca de rearranjar o mundo em cor, e por meio da cor, avançar sobre o espaço. A luz que amplifica objetos, que amplificam a luz por sua vez. Sombras de cor no espaço. O cotidiano reconfigurado num pequeno momento que transpassa o tempo de uma vida. Pequenos objetos que materializam o invisível. A estrutura de objetos pendentes, esse universo de utensílios domésticos em suspensão são iluminados e tingem um anteparo (pedestal/tela) com suas sombras. Como pêndulos, candelabro improvável, os objetos tornam-se assombrações em uma profusão de tons e matizes”.

Társila Peixoto

Graduada em Artes Plásticas pelo IFCE, possui formação complementar em cinema experimental e realiza pesquisa científica sobre as simbologias da representação autobiográfica, com trabalhos que permeiam linguagens como fotografia, performance e vídeo. Ministrou oficina de artes visuais e artesanato e trabalha com design gráfico e produção em moda.

“Sagrado”

“A obra aborda as simbologias relacionadas aos elementos pictóricos na construção do espaço mítico do corpo em performance, a mutação do movimento simbólico de uma imagem que revela um corpo em ação – resolvendo expor num envoltório transparente, um pote de vidro, um motivo, a fotografia rasgada, uma presença: a identificação do ser com o objeto, a interposição entre corpo e luz. A retórica é transmitida com associação ao momento do drama, da emoção impensada do sentimento que, percorrendo a dor da raiva e mágoa, guarda o afeto. São fotografias de ensaios na busca da imagem-ação do momento”.

David Magila

Bacharel em Artes Plásticas pelo Instituto de Artes da Unesp, recebeu os Itamaraty de Arte Contemporânea (2013, Brasília), 28º Salão de Arte
Contemporânea de Santo André e 26º Salão de Arte Jovem CCBEU (Santos). Coleções públicas: Ministério das Relações Exteriores, Prefeitura de Santo André, Centro Cultural Brasil Estados Unidos (Santos).

+ Um Coletivo de Arte

O + Um Coletivo de Arte surgiu em 2013 com o encontro entre a bailarina Rafaella Lira, a violoncelista Tânia Neiva e o ator Maurício Barbosa para a montagem do espetáculo de dança “Bagaço”, apresentado em João Pessoae Natal. Além deste trabalho, o grupo também realizou as performances “Foi.” e “Foi?”.

“Foi…”

“A performance ‘Foi…’ é um desdobramento do trabalho desenvolvido pelos artistas do + Um Coletivo de Arte, cuja experiência de lidar com documentos históricos é problematizada através de sua arte. Tomados pelo desejo de falar um pouco mais sobre memória e esquecimento, os artistas se deixam afetar pelos vestígios materiais do espetáculo de dança paraibano “Caldo da Cana” (1984). Fotos, programas, matérias de jornais, documentos administrativos e manuscritos de coreografia que presentificam o passado, numa história que não se fixa”.