Secretaria de Mulheres intensifica a campanha “Isso Não é Normal”

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mulheres_campanha_semmachismo_arquivosecom_ (1)Neste sábado (10) começa em João Pessoa o Extremo Cultural – Onde o Som Toca Primeiro, evento realizado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) que abre o calendário cultural de 2015. Junto com o festival, a Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPPM) relança, nas Redes Sociais, a campanha “Isso Não é Normal”.

Utilizando a hashtag #JPsemMachismo, a ação criada em parceria com a Secretaria de Comunicação (Secom), que teve início em 2014, visa chamar a atenção de homens e mulheres sobre algumas atitudes consideradas normais, e que na verdade são machistas. Entre os materiais produzidos estão referências sobre a mulher sair sem o companheiro, beijo forçado, assédio moral e a clássica cantada de rua.

“Precisamos alertar que algumas coisas que acontecem diariamente, e em especial nos grandes eventos, não podem ser consideradas normais. Uma mulher não pode ser insultada por sair sem o seu companheiro, uma mulher não pode ser beijada contra a sua vontade. Por estar em um ambiente público, uma mulher não é obrigada a escutar cantadas ofensivas, e nem precisamos falar que, se a mulher receber críticas constantes, for exposta a situações humilhantes e constrangedoras, sofrer comentários que baixam a sua autoestima, como ironias e piadas, ela está sendo vítima de assédio moral”, explicou Giucélia Figueiredo, secretária de Políticas Públicas para as Mulheres.

#JPsemMachismo – Junto com a campanha “Isso Não é Normal”, está sendo divulgada a hashtag #JPsemMachismo, e durante o Extremo Cultural, os internautas serão convidados para postarem fotos nas suas redes sociais com a frase.

No ambiente do show, algumas placas estarão circulando com as seguintes frases: “Normal é ser respeitada”, “Cantada não é elogio”, “Só vai rolar se eu quiser”, “Chega de violência” e “Sou minha, e não de quem quiser”. Segundo a secretária da SEPPM, o objetivo é “atrair a atenção do público jovem”: “Foi pensando neles que desenvolvemos essas placas para que sejam feitos os selfies. Nosso objetivo é espalhar a campanha e alcançar o maior número de pessoas”.

Rede de atendimento – No caso da mulher sofrer algum tipo de violência, que não precisa ser apenas algo físico, ela pode entrar em contato com os serviços disponibilizados pelo poder público.

O Centro de Referência da Mulher Ednalva Bezerra (CRMEB), espaço mantido pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por intermédio da Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para Mulheres (SEPPM), acolhe, orienta e encaminha as mulheres para a Rede de Atendimento, contando com uma equipe multiprofisional composta por psicólogas, assistentes sociais, advogada e arte educadoras. O equipamento funciona de segunda até sexta-feira, das 7h às 19h, na Rua Afonso Campos, 111, Centro de João Pessoa.

Nos casos mais urgentes, as mulheres ainda podem entrar em contato com a Central Nacional de Atendimento a Mulher (Disque 180) ou com a Delegacia da Mulher (3218-5316).

Se houver um estupro, a SEPPM orienta que a mulher procure a equipe do Centro de Referência para Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Sexual do Instituto Cândida Vargas no máximo até 72 horas após o ocorrido. Durante esse tempo é possível garantir a eficácia da pílula do dia seguinte, evitando uma possível gravidez, e dos anti-retrovirais contra HIV. O Instituto Cândida Vargas está localizado na Avenida Coremas, no bairro de Jaguaribe. O telefone de contato é o (83) 3241-3441.