Pessoenses e turistas prestigiam encerramento da cultura popular em Tambaú

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CulturaPopular_LapinhaJesusdeNazarédoMestreMaciel_FotoGilbertoFirmino (48)O Boi de Reis Estrela do Norte, do Bairro dos Novais, e o Maculelê do Grupo de Capoeira Angola Comunidade, de Oitizeiro, encerraram, neste sábado (31), a programação de cultura popular do Extremo Cultural – Onde o Som Toca Primeiro no Largo da Gameleira, em Tambaú. As atrações, gratuitas, tiveram início às 17h e foram prestigiadas por pessoenses e turistas que elogiaram o evento, promovido pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), através da Fundação Cultural (Funjope).

Segundo o turista de Curitiba (PR) Luis Ribas, João Pessoa não é só a cidade onde o sol nasce primeiro, mas também a cidade que encanta com sua cultura e costumes. “São essas apresentações que mostram na sua essência, a cultura da cidade. João Pessoa, além das belezas naturais e da organização, atrai também na opção cultural. Esse é o lugar que quero trazer minha família para morar assim que alcançar a minha aposentadoria”, disse.

Para Antônio Barbosa, turista do Rio de Janeiro (RJ), que está na cidade desde o início de janeiro, João Pessoa está de parabéns na programação cultural. “A cidade realmente foi preparada para receber turistas, porque existem opções para todos os gêneros, isso é um dos motivos que faz as pessoas voltarem. Já estou me planejando para 2016”, concluiu.

Abertura – O Grupo Boi de Reis, fundado há 18 anos e hoje com 35 integrantes, comandado por José Vicente do Nascimento Pereira, o Mestre Pirralhinho, que abriu o evento. Da quinta geração de brincantes, o Boi de Reis Estrela do Norte, apresentou ao público, personagens que desde a história medieval, compõem o imaginário religioso e pagão da cultura ocidental.CulturaPopular_MaculelêdoMestreNaldinho_FotoGilbertoFirmino (23)

Inserindo-se no ciclo natalino, junino ou mesmo carnavalesco e, na ampla variedade de suas encenações, o grupo trouxe em sua apresentação, o tema da morte e ressurreição.  Em torno do episódio dramático, a apresentação agregou-se vários personagens, como galantes e damas, o Mateus, o cavalo e a Jaraguá.

Para o Mestre Pirralhinho, cada apresentação é uma emoção diferente. “Me orgulho em representar o único grupo folclórico da região, que faz as próprias vestimentas e figuras dos brincantes, além de contribuir para cultura da minha região”,emocionado ressaltou.

A segunda atração da noite, que finalizou a programação de cultura popular do Extremo Cultural no Largo da Gameleira, foi o grupo Maculelê,  com sua dança folclórica brasileira de origem afro-brasileira e indígena.

Comandado pelo Mestre Naldinho, o ‘Maculelê’, é uma forma de dança que simula uma luta tribal usando como arma dois bastões, chamados de grimas (esgrimas), com os quais os participantes desferem e aparam golpes no ritmo da música. Esta dança é muito associada a outras manifestações culturais brasileiras como a Capoeira e o frevo.

Considerada uma festa “profana” realizada pelos escravos e demais negros forros, por muito tempo, o maculelê trouxe na sua apresentação a história dos orixás relacionados à umbanda; como o Orixá Omolú (representa a vida e a morte), Orixá Oxossi (representa as matas e o reino animal) e Orixá Yemanjá (representa a rainha do mar).