Espetáculo “Divina Luz” é selecionado para a Paixão de Cristo

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SONY DSC“Divina Luz”, da Galharufas Companhia de Teatro, é o nome do novo espetáculo selecionado para a Paixão de Cristo deste ano. A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) homologou o resultado do edital nesta terça-feira (24). A obra vai ser encenada por uma temporada de oito apresentações durante a Semana Santa, nos dias 2, 3, 4 e 5 de abril, às 18h e 20h, no Ponto de Cem Réis, com entrada gratuita.

Com texto e direção de Paulo Vieira, o espetáculo toma por base o Evangelho segundo São João, por ser de forte poder evocativo e profundamente simbólico, segundo aponta o dramaturgo. “A escolha de João se deu não apenas pela originalidade: João era judeu e tinha convivido com Jesus. O evangelho, portanto, não se contenta com meros acontecimentos históricos, pois tem como objeto a fé na pessoa e na obra salvadora do messias”, justifica Vieira, que também acredita que esta leitura pelos olhos do apóstolo tende a acentuar o potencial dramático da história santa.

Os relatos de João, o “discípulo amado”, irmão de Tiago, datam de 95 a 100 d.C. Cronologicamente, foi o último a ser escrito. Mais da metade dos relatos é dedicada a eventos da vida de Cristo, como suas palavras durante os últimos dias.

Uma novidade do projeto que conferirá empenho extra do corpo técnico e cênico e capacidade para improviso diante das interferências da arena gigante montada no Ponto de Cem Réis, é que não haverá falas pré-gravadas, ao contrário dos anos anteriores. “Como temos praticamente um mês até o início da temporada, vamos dar seguimento às etapas de composição do elenco, com testes ainda esta semana e ensaios diários a partir da próxima segunda-feira”, anuncia a atriz Suzy Lopes, assistente de direção. Os testes para formação do elenco, que consistirão na realização de audições, serão feitos nesta quinta-feira (26), às 18h, na Sala Linduarte Noronha da Funjope. Já as avaliações para os bailarinos serão nesta sexta (27), no mesmo horário, no Teatro Lima Penante, na Avenida João Machado, no Centro.

“A história da Paixão é bastante conhecida. Mas, por atingir os mistérios da nossa consciência que lembram os nossos mitos fundamentais, ela emociona e é esperada ano a ano como uma aliança entre a cristandade, um ritual em que se reafirmam os preceitos do amor, da fé, da paz, da cordialidade e do sacrifício tantas vezes necessários para conviver”, ressalta Vieira, que é mestre, doutor e tem pós-doutorado em Teatro e é coordenador da pós-graduação do Departamento de Artes Cênicas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Ficha técnica:

Texto e direção: Paulo Vieira
Assistente de direção: Suzy Lopes
Direção musical e regência: Marcílio Onofre
Composição musical: Didier Guigue
Coreografia: Nyka Barros
Figurinos: Ângela Lopes
Cenário e adereços: Yon Pontes
Iluminação: Fabiano Diniz
Produção: Galharufas Companhia de Teatro