Centro Cultural Casa da Pólvora recebe festival de jazz

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chiabrandoO revitalizado complexo tombado do Centro Cultural Casa da Pólvora, no Centro Histórico, vai realizar neste domingo (15), às 17h, o Pólvora Jazz Festival, o primeiro evento do gênero com seis atrações locais, nacionais e internacionais que vão explorar o jazz e suas múltiplas vertentes num dos pontos mais belos e arquitetonicamente privilegiados da cidade.

O festival conta com o patrocínio da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), através da sua Fundação Cultural (Funjope), e de parceiros privados. A entrada é gratuita. Nomes confirmados incluem o renomado pianista francês Jean Kapsa, premiado no Golden Jazz Trophy, a grande revelação austríaca do piano David Helbock, laureado no conceituado Festival de Jazz de Montreux, e o argentino Ernesto Jodos, que já acompanhou talentos do calibre de Michael Brecker e Paquito D ́Rivera. Completam o time a Tortorello Jazz Band (PB), o saxofonista mineiro Alex Corezzi e o saxofonista argentino Alejandro Chiabrando.

“A nossa intenção é despertar o interesse do público pela música instrumental e tornar acessível esse estilo pouco difundido, e muitas vezes até desconhecido, do grande público”, destaca a idealizadora e produtora Emanuelle Amaral.

“O festival valoriza a política cultural pensada para o Centro da cidade, em especial para um monumento restaurado, como a Casa da Pólvora. Somado à Mostra Internacional de Teatro (MIT) e ao Festival Internacional de Música Clássica, o evento enaltece o cenário da cidade antiga como palco das manifestações culturais”, declara o diretor-executivo da Funjope, Maurício Burity.

Alejandro Chiabrando (Argentina) – Nativo de Rosario, Argentina, Alejandro graduou-se em clarineta clássica pela Universidade Nacional de Rosario e em Jazz pelaBerkleeCollegeof Music, de Boston (EUA), onde estudou com mestres do jazz, como Joe Lovano, George Garzone, Eddie Tomassi, Dino Govoni, Frank Tiberi, Shannon Leclaire, Dave Santoro, entre outros.

Foi saxofonista e professor de clarinete na Escola Municipal de Música de Rosario e trabalhou como saxofonista profissional na Argentina e EUA por mais de 15 anos, tocando no Rosario Jazz Festival por nove desses. Fez shows com músicos como Bob Gullotti, Leo Genovese, Baron Brown, Boby Gay e Bandoneon Player e venceu o Grammy Raul Jaurena.

David Helbock (Áustria) – Premiado com a maior audiência do mundo em competição solo de piano no Festival de Jazz de Montreux, e depois de conquistar o “Artist Award Outstanding” no seu país natal, David Helbock, austríaco da pequena aldeia de Koblach, acena com uma das mais promissoras carreiras entre os seus pares.

Hoje aos 31, Helbock começou a tocar aos 6 anos de idade. Já viajou o mundo em apresentações e gravações. Desde o início, também se mostrou muito ativo como compositor. Em uma de suas obras, batizada de “Um Ano de Projeto de Composição”, se dedicou a escrever uma nova peça por dia durante um ano inteiro. Em 2010, o seu “Personal Realbook” com mais de 600 páginas de música, foi lançado.jean kapsa

Alex Corezzi (Minas Gerais) – Corezzi começou na música com a guitarra e foi seduzido pelo jazz a trocar pelo saxofone. Começou com o maestro Edson Rodrigues (do Conservatório Pernambucano de Música) e se especializou no estilo pela American Schoolof Modern Music – Berklee Paris, tendo estudado com nomes como Brad Wheler, Esteve Carbonara, Peter Giron, entre outros.

Começou a atuar profissionalmente como saxofonista nas orquestras de frevo de Olinda, ao passo que se apresentava em bares com bandas de blues, quando foi convidado a ser o primeiro sax alto da Orquestra Tropicália, na Expo Hanoverde 2000. Já gravou cinco CDs, o último com o pianista francês Jean Kapsa.

Ernesto Jodos (Argentina) – Acompanhou em turnês pela Argentina Michael Brecker, Paquito D ́Rivera e George Garzone. O reconhecimento pela crítica veio com “A pesar del diablo”, de 1997:Melhor Músico de Jazz e melhor Pianista de Jazz, segundo o “La Nación” (2001), Prêmio Clarínde Melhor Disco de Jazz por “Cambio de Celda”(2001); Prêmio Clarín Revelação em Jazz (2002), Prêmio Clarín “A Figura do Ano” e o Rubro Jazz (2004), Prêmio Konex de Melhor Solista da Década (1995-2005) e Prêmios Gardel (2008 e 2009) pelos discos “Ernesto Jodos Trío” e “El Jardín Seco”.ernesto jodos

Jean Kapsa (França) – Os festivais Jazz à Vienne, Respire Festival Jazz e Jazzaufil de l’Oise alimentaram a fama deste pianista, que acompanhou artistas como Magnus Lindgren e Bob Mintzer.Kapsa faturou com o quarteto Festen, o Tremplin Jazz de Lagny, presidido por Stéphane Huchard, e o Golden Jazz Trophy, presidido por Martial Solal. O seu primeiro álbum, “Festen”, de 2010, foi bem recebido pela crítica.

Além disso, evoluiu no quarteto Back, fundado em 2006 pelo saxofonista Benoit Berthe. O grupo atuou nos festivais Jazz in Marciac, Jazz à Vienne, Avoriaz Jazz Up e Recife Jazz Festival, e ganhou em 2011 o prêmio do European Jazz Contest, em Roma.

Dirceu Tortorello (PB) – Já na infância, Tortorello tocava como caixa-mestre em uma banda marcial, onde demonstrava grande paixão pela música. Teve aulas de rudimentos e concepção com Jack Dejonhette.

Começou tocando jazz em 1983, em Curitiba, com Jeff Sabbag e Mauro Martins, seguindo para São Paulo, com Hildebrando Brasil, Bocatto e Tomate. No Nordeste há 25 anos, difunde a música instrumental improvisativa, tendo se apresentado com Zeca Baleiro, Max de Castro, Renata Arruda, Gesse, Erick Flamarion, entre outros.