Coordenadoria LGBT realiza oficina sobre acolhimento no mercado de trabalho

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Max Oliveira

 

O ingresso no mercado de trabalho não costuma ser uma tarefa fácil. Logo na entrevista de emprego, por exemplo, o candidato precisa mostrar preparo e desenvoltura para superar a forte concorrência por uma vaga. Uma situação enfrentada por qualquer pessoa, independentemente de gênero ou orientação sexual, certo? Para a população homossexual não, segundo a Coordenadoria de Promoção a cidadania LGBT de João Pessoa, que realizou na tarde desta sexta-feira (17) uma oficina para acolhimento da população LGBT ao mercado de trabalho.

A oficina aconteceu na sede do Sistema Nacional de Emprego de João Pessoa (Sine-JP), no Varadouro, e contou com a participação de profissionais do próprio Sine e da Secretaria do Trabalho, Produção e Renda, por meio do Banco Cidadão.

Roberto Maia, coordenador de Cidadania LGBT da PMJP, explica que muitas vezes existe discriminação contra a população LGBT. “As travestis e mulheres transexuais não conseguem nem ser chamada para a entrevista inicial no mercado de trabalho formal. Grande parte dos homens trans, por exemplo, até que são chamados para entrevista inicial, porém, depois de passar por todas as fases da entrevista, é na hora de mostrar a identidade que eles são reprovados”, disse Roberto Maia, que ainda ressaltou que essa dificuldade tem levado boa parte da população LGBT a buscar o mercado informal para trabalhar.

“Através do Programa Transcidadania-JP realizamos um levantamento das necessidades das travestis e transexuais de João Pessoa, onde constatamos que a grande maioria está no mercado de trabalho informal – boa parte na prostituição. Embora essa seja uma opção, não a única oportunidade que elas têm de ganhar dinheiro”, concluiu.

A oficina contou ainda com a Nessa e parceria da Astrapa, onde Josy Silva dialogou sobre travestilidade e transexualidade com os profissionais que devem acolher essa população por meio do seu nome social.