Com apoio da PMJP, 14ª Parada da Cidadania LGBT de João Pessoa faz apelo por respeito

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Arthur Araújo/ Dina Melo

A praia do Cabo Branco recebe neste sábado (25) a 14ª Parada da Cidadania LGBT de João Pessoa. A concentração começa às 16h, em frente ao Sesc, com saída em direção ao Busto de Tamandaré e puxada por 11 atrações distribuídas em cinco trios elétricos e um palco armado entre as praias de Cabo Branco e Tambaú.

Movimentos ligados à causa, como o do Espírito Lilás (MEL), Associação de Travestis e Transexuais da Paraíba (Astrapa), Movimento Bissexual da Paraíba (MovBi) e o Grupo Maria Quitéria, estão na organização, que tem o apoio da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP). A expectativa é atrair um público estimado em 30 mil pessoas.

O objetivo da Parada é conscientizar a população sobre a importância da luta pelo fim da LGBTfobia, bem como a inclusão deste grupo em políticas publicas. Com o tema “Respeito se aprende na casa e na escola – Por uma educação inclusiva”, os movimentos esperam estender o combate ao preconceito de gênero e orientação sexual ao ambiente escolar.

Só neste ano, houve 174 assassinatos de homossexuais no Brasil, nove só na Paraíba. “Precisamos refletir sobre a importância de dialogarmos com os professores e alunos a questão da desigualdade de gênero, que muitas vezes culmina na violência doméstica; e da diversidade sexual, já que é fundamental que os adolescentes convivam e dialoguem com a diversidade sexual dentro das instituições escolares”, declarou o coordenador de Políticas Públicas LGBTs da PMJP, Roberto Maia.

Paço Municipal iluminado – Para marcar a data, a PMJP também vai iluminar o Paço Municipal, na Praça Pedro Américo, com as cores do arco-íris, símbolo do movimento LGBT. “Desta sexta-feira (24) até o domingo (26) o Paço estará iluminado mostrando o apoio integral da gestão à causa não apenas no discurso, mas também com políticas de inclusão transversais às diversas áreas da gestão, desde o acolhimento integral em saúde até o acesso dessa população ao mercado de trabalho formal”, explicou Roberto.

“Este é um momento de afirmar a nossa identidade como sujeito social. O tema foi escolhido de forma estratégica para romper com os padrões patriarcais e heteronormativos dominantes da nossa sociedade”, aponta Érika Benemond, do Maria Quitéria.

“Para as trans, o preconceito é duplo: contra a orientação e a identidade sexual. Somos discriminadas da escola até o acesso aos serviços de saúde e vagas de emprego. Precisamos que essas políticas LGBT pensadas em nível institucional também se estendam a quem nos atenda de fato”, considera Ana Beatriz Duarte, subcoordenadora da Astrapa (Transfeminista).

No sábado, haverá dois pontos de coleta de livros doados: um no Busto, o outro em frente ao Sesc. Equipes do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) também ficarão de prontidão para fazer testes rápidos de DST/Aids.

A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) interditará o trecho da Avenida Cabo Branco para o desfile dos trios às 15h. “Ao longo desses 14 anos, construímos uma história de luta pelo caminho da reflexão em torno de uma sociedade mais diversa, tolerante e menos preconceituosa”, defende Renan Palmeira, coordenador do MEL.

Programação:

Sesc:
17h – Maracastelo;
18h – Abertura oficial, com execução do hino nacional pela Banda da Polícia Militar;

Falas dos movimentos e autoridades;
19h – Saída dos trios (Jaína Elner e Banda, DJ Mermaid e DJ John Kennedy)

 

Palco:
20h30 – Drag Rhillary Wathson (PB);
20h35 – Drag Stefanny Clark (PB);
20h35 – Discursos do movimento LGBT (Grupos Maria Quitéria, MEL, MovBi, Petris, Astrapa);
21h – DJ Paula Bencini (SP);
21h40 – Drag Desirré Prada (PB);

21h45 – Drag Show “A Liga da Justiça”;
21h50 – Brasis PB;
22h50 – DJ Kylt (PB)