Mostra revê panorama da produção de artes visuais regionais das últimas décadas
Dina Melo
A exposição “Pinacoteca da UFPB – Acervo Emancipado” será aberta nesta sexta-feira (11), às 19h, no Casarão 34, na Praça Dom Adauto do Centro Histórico. A mostra, que conta com 35 telas (sendo 17 restauradas), é comemorativa aos 60 anos da Universidade e um recorte do que de mais representativo contemplou a produção artística visual contemporânea (sobretudo paraibana) de 1960 até meados da década de 90 – um tesouro selecionado entre as 200 obras que estavam recolhidas na reserva técnica da instituição, longe dos olhos do grande público.
O acervo fica em cartaz até 22 de janeiro de 2016, no salão, que fica aberto à visitação gratuita de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h (exceto feriados). Há trabalhos de 30 artistas: Alice Vinagre, Albert Lacet, Archidy Picado, C. Camêlo, Chico Dantas, Clarice Lins, Diana, Domingos, Euclides, Flávio Tavares, Francisco Brennand, Francisco Sarinho, Fred Svendsen, Ilce Marinho, João Câmara, José Crisólogo, José Lyra, M.N., Manoel Batista, Marcos Pinto, Maria Helena Magalhães, Marlene Almeida, Martinho Patrício, Murilo, Pierre Chalita, Raul Córdula, Roberto Lúcio, Sandoval Fagundes e Sérgio Lucena.
Outras quatro obras que não fazem parte do acervo original, mas foram incorporadas à exposição como forma de homenagem, são assinadas pelo próprio fundador da Pinacoteca da UFPB, em 1989, Hermano José, que morreu em maio deste ano. O espaço funciona provisoriamente no 2° andar da Biblioteca Central e aguarda remoção para um centro cultural próximo à Reitoria, ainda em construção.
“Todos os trabalhos encaram formas e técnicas diversas de encarar a pintura, com influências que vão do impressionismo, expressionismo, cubismo, abstracionismo geométrico, do figurativismo à natureza morta, alcançando outras dimensões contemporâneas que refletem sobre a amplitude de linguagens da arte visual”, enumera o curador, Robson Xavier, atual diretor da Pinacoteca e do Departamento de Artes da UFPB.
A disposição das obras no espaço expositivo emula um percurso por essa contribuição histórica – mas sem se preocupar com uma linearidade cronológica -, partindo da arte popular para culminar nas reelaborações das técnicas acadêmicas aplicáveis ao retrato. Para compreender toda a dimensão semântica contida no acervo, está prevista a realização de seminários e atividades de formação para professores no próximo ano.