Primeira noite do Concurso de Quadrilhas Juninas com folclore, cangaço e homenagem à mulher rendeira
André Cananéa
O tradicional arraiá, do alavantú, do anarriê, do casamento matuto e do caminho na roça ganhou, na noite dessa quarta-feira (15), produções arrojadas na primeira das três noites do 20º Concurso de Quadrilhas Juninas de João Pessoa e Região Metropolitana, realizado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), através de sua Fundação Cultural (Funjope), e a Liga das Quadrilhas Juninas de João Pessoa.
Algo em torno de dez mil pessoas prestigiaram oito, das dez quadrilhas anunciadas para se apresentar no pavilhão armado no Ponto de Cem Réis. Tiko Show, de Mangabeira, teve um problema com transporte e não conseguiu chegar ao local do evento, que segue nesta quinta (16) e sexta-feira (17), sempre a partir das 19h30, com entrada gratuita ao público. Já Sucupira (Padre Zé) foi remanejada para esta quinta-feira (16).
Um grupo de jovens com Síndrome de Down abriu a noite, por volta das 18h30. Eles integram a Associação Ame Down, que se apresentou pela primeira vez no festival.
Um drone levantou voo anunciando o primeiro grupo da noite: a quadrilha Flor de Mandacaru, vencedora do ano passado com uma homenageou ao “Rei da Munganga”, Genival Lacerda. Desta vez, o grupo revisitou o tradicional casamento matuto com muita dança, teatro e música ao vivo.
Além do figurino colorido, dançarinos sorridentes e do enredo elaborado, cada grupo levou seu próprio conjunto musical para tocar, ao vivo, o repertório da apresentação, cronometrada em 25 minutos para cada grupo. Muitos, além de música e dança, inseriram diálogos curtos e performances teatrais para contextualizar seus enredos.
Depois de Flor de Mandacaru vieram Macambira (Cabedelo), Linda Flor do Sertão (Mangabeira), Sanfona Branca (também de Mangabeira), Balão Dourado (Alhandra), Nação Matuta (Valentina), Xote e Baião (Ernani Sátiro) e, por fim, João de Barro (Valentina Figueiredo). O folclore popular, o cangaço, a relação entre Paraíba e Pernambuco, a luz da lua e as mulheres rendeiras foram lembradas na primeira noite.
Premiação – Divididas em dois grupos, A e B, as quadrilhas disputam prêmios que vão de R$ 3 mil a R$ 8 mil, consagrando os primeiros três colocados de cada grupo. Os vencedores serão definidos de acordo com uma comissão julgadora formada por cinco membros, todos especialistas em quadrilhas juninas e vindos de outros Estados.
A comissão analisa sete quesitos: entrada no ‘arraiá’; coreografia, figurino, repertório musical, o conjunto do trabalho, casamento, marcador e a saída do ‘arraiá’, e dá pontos por ele. As três últimas colocadas do Grupo A são reabaixadas para o Grupo B. Já as três vencedoras do Grupo B passam ao Grupo Especial no A.
Nesta quinta – Ao todo, 31 grupos se apresentam no Festival de Quadrilhas Juninas 2016. Para esta quinta-feira, estão previstos mais 11 equipes, todas de João Pessoa: Pó de Serra (Mangabeira IV), Fogueirinha (Cruz das Armas), Jovem Matuto (Grotão), Paraíba (Roger), Lageiro Seco (Roger), Raiz Nordestina (Valentina Figueiredo), Mangue Seco (São José), Nascer do Sol (Jardim Cidade Universitária), Botijinha (Torre), Xiado do Xinelo (Funcionários IV) e Sucupira (Padre Zé).