Investimento para alavancar o turismo no Centro Histórico ultrapassa R$ 40 milhões
Katiana Ramos e Mônica Melo
A revitalização do Parque da Lagoa Solon de Lucena devolveu ao Centro de João Pessoa a procura por atividades de lazer. Esse espaço público é apenas um exemplo do cuidado com a preservação de outras praças da região histórica da cidade que foram recuperadas e tornaram-se atrativos para a população. Para que isso fosse possível já foram investidos R$ 40.609.993,66 nas intervenções realizadas nessas áreas, isso sem contar com a recuperação dos casarões e imóveis particulares e tombados no Centro Histórico.
Na região onde a arquitetura conta a história da urbanização da Capital, a revitalização de praças e prédios tombados tem sido feita através de convênios firmados pela Coordenadoria do Patrimônio Cultural de João Pessoa (Copac-JP) com órgãos do governo federal, a exemplo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A Praça da Independência, em Tambiá, e o Parque da Lagoa, no Centro, estão entre os espaços mais procurados pela população e têm sido utilizados para o lazer e para a realização de atividades físicas. Juntas, as duas praças receberam um investimento superior a R$ 38,7 milhões. Já quem procura conhecer mais sobre a história da cidade, o Parque Casa da Pólvora, no Varadouro, mantém uma exposição fotográfica permanente, além de uma ampla área externa com visão panorâmica para o Centro Histórico, para recuperá-lo e torná-lo ideal para a visitação pública foram investidos R$ 1.318.219,27. Receberam intervenções significativas ou reformas também as praças da Pedra (R$ 63.194,56), João Pessoa (R$ 394.009,84) e 1817 (R$ 90.855,99).
Outro local que também será endereço certo para turistas e pessoenses é o Hotel Globo, que foi entregue no último dia 5 totalmente revitalizado. “A requalificação desses espaços públicos devolve a beleza ao Centro Histórico e áreas de convivência para a população”, lembrou a diretora de Planejamento da Copac-JP, Rosângela Toscano. A obra de reestruturação do Hotel Globo custou aproximadamente R$ 712 mil em parceria com recursos do Governo Federal, através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Muitos dos projetos para a recuperação das praças, logradouros e prédios públicos são elaborados pela Copac-JP, outros são de responsabilidade da Secretaria de Planejamento do Município (Seplan). No caso da Coordenadoria, os projetos são executados através de recursos captados por convênios com órgãos e entidades federais.
“Nós desenvolvemos propostas, elaboramos projetos e submetemos aos órgãos como o Iphan, bancos, como a Caixa Econômica, para captação de recursos. Mas, a Prefeitura também oferece uma contrapartida”, explicou Rosângela Toscano.
Imóveis – Além das praças e espaços públicos já revitalizados e entregues à população, a Copac-JP desenvolve ainda projetos voltados para o financiamento de imóveis tombados particulares para uso de moradia ou empresarial. A proposta para a recuperação das casas é lançada aos interessados através de editais.
De acordo com a diretora de Planejamento da Copac-JP, Rosângela Toscano, o Iphan, por meio de um convênio, disponibilizou uma verba no valor de R$ 3 milhões para a recuperação das casas históricas. O recurso é liberado conforme o resultado das seleções através dos editais.
“No último edital, que lançamos em maio deste ano, foram disponibilizados R$ 600 mil. Desse total, a Prefeitura entrou com a contrapartida de R$ 150 mil. Foram quatro pessoas beneficiadas. Pretendemos lançar um outro edital até o final deste ano”, detalhou Rosângela Toscano.