Parque da Lagoa sedia campanha que marca o Dia Municipal de Paz no Trânsito

Por Felipe Silveira - em 934

O Parque da Lagoa Sólon de Lucena, no Centro da Capital, sediou a campanha que marcou o Dia Municipal de Paz no Trânsito nesta terça-feira (24). Ações educativas, simulações de resgate, além de depoimentos de familiares de vítimas e parceiros do trânsito marcaram o evento, organizado pela Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob-JP) da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP).

“Segundo dados do Denatran, cinquenta mil pessoas morrem por ano no Brasil por conta de acidentes de trânsito. Esses números são alarmantes e precisamos, como poder público, despertar a responsabilidade de cada um de nós. As pessoas precisam respeitar as leis de trânsito. O objetivo principal é salvar vidas e não podemos ficar passivos a esta situação”, afirmou o superintendente de Mobilidade Urbana de João Pessoa, Carlos Batinga.

O Dia Municipal de Paz no Trânsito foi instituído em 2010, após o acidente automobilístico que matou a defensora Pública da Paraíba, Fátima Lopes. O psicólogo Eduardo Paredes, que estava dirigindo o outro veículo, foi condenado por homicídio doloso. “O que precisa, primeiramente, é a educação dos pais para ensinarem o que é certo e errado para os filhos. E minha mãe sempre me ensinou que era errado matar uma pessoa”, disse Carol Lopes, filha da defensora.

Outros familiares de vítimas também participaram do ato. Uma delas foi Nina Ramalho, que teve três pessoas da sua família mortas num acidente de carro na avenida Epitácio Pessoa. O motorista João Paulo Guedes Meira estaria dirigindo sob efeito de álcool e também foi condenado por homicídio doloso. “É uma dor que não tem fim. As pessoas têm que se conscientizar de vez que o carro é uma arma e beber e dirigir é assumir o risco de matar alguém”, disse indignada.

O terceiro caso em que o motorista foi condenado por homicídio doloso foi o dos estudantes Raíza Guedes, de 17 anos, e Ronaldo Soares da Silva, de 19 anos, no dia 16 de julho de 2011. O motorista Rodrigo Artur da Fonseca foi condenado a 17 anos e dois meses de prisão. “Cinco anos e seis meses que sofremos todos os dias, mas não podemos parar. Nossa voz tem que ser ouvida algum dia. Estamos condenados para sempre, mas ninguém vai nos calar”, afirmou a irmã de Ronaldo, Rosângela Santos.

Quinhentos balões brancos e pretos foram soltos pelos participantes após um momento de oração. No início da noite, várias viaturas saíram em carreata do Parque da Lagoa com destino ao bairro do Bessa. Nas redes sociais, os paraibanos também aderiram à campanha ‘Eu Quero Paz No Trânsito’ e postaram fotos e mensagens alusivas à data.

Parceiros – Além da Semob-JP, outros órgãos que trabalham diretamente com trânsito ou atendimento a acidentados participaram das atividades. Polícia Rodoviária Federal (PRF); Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba (Detran-PB); Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE); Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran); Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba; Polícia Militar; Samu; Fundação Fátima Lopes; além das Secretarias de Mobilidade Urbana das cidades de Campina Grande, Bayeux, Cabedelo e Santa Rita.