Festival Internacional de Música Clássica muda rotina do Centro da Capital
Igrejas lotadas transformadas em salas de concertos. Tardes e noites embaladas por belíssimas melodias, musicadas por grandes nomes da música clássica mundial. O Centro Histórico da Capital viveu essa rotina durante uma semana com o Festival Internacional de Música Clássica de João Pessoa, cuja programação dos concertos nas igrejas se encerrou nesta sexta-feira (30). Neste sábado (1º), às 17h, o evento ainda terá o seu último ato – uma apresentação da Orquestra Sinfônica Municipal, regida pelo maestro João Carlos Martins.
O Festival é realizado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da sua Fundação Cultural (Funjope). “Todos os dias uma experiência diferente, mágica, onde a gente pôde perceber uma relação muito intima das pessoas com os músicos”, disse o diretor artístico do Festival, Alberto Johnson. “Acho que o evento conquistou e consolidou um público ao longo destas seis edições, sempre lotando os concertos nas igrejas do Centro Histórico”, concluiu.
Nesta sexta-feira (30), a programação do Festival contou com concertos na Primeira Igreja Batista, com duo de piano e flauta da paraibana Perazzo Coelho, na Igreja do Carmo, com músicos de quatro países, e na Igreja de São Francisco, com mais quatro músicos internacionais, que executaram um programa voltado para o tango. O público mais uma vez acompanhou tudo com muita atenção, de forma silenciosa durante as canções, e eufórica ao final delas. A violinista mexicana Dara Zemtsov foi uma das mais aplaudidas ao longo de todos os concertos.
“Essa foi uma semana mágica. O público de João Pessoa é muito especial, na forma como escuta as músicas e o no carinho para com os músicos. Estou muito feliz, tanto pelo Festival como pela experiência na cidade, que é linda, com praias belíssimas. Vou guardar todos os momentos”, disse a violinista.
Entre um concerto e outro, para não perder nenhum momento do Festival, muitas pessoas mudaram um pouco suas rotinas, como explica a comerciante Carol Duarte. “Eu saía um pouco mais cedo do trabalho para vir acompanhar o concerto das 18h. E chegava um pouco mais tarde em casa para puder acompanhar o concerto das 20h”, disse num tom bem humorado. “Tudo pelo amor à boa música”, concluiu.