Elomar e Quinteto da Paraíba tocam no projeto ‘Som das 6’
O projeto Som das 6, que tem se consolidado como um importante elemento de fomento e descentralização cultural da Capital, apresenta nesta sexta-feira (21), a partir das 18h, no Ponto cem Réis, shows do Quinteto da Paraíba e do artista baiano Elomar, considerado o Trovador do Sertão. A ação cultural que acontece semanalmente, atraindo sempre um público significativo, é promovida pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por intermédio da sua Fundação Cultural (Funjope). No show, Elomar também será acompanhado pelo Quinteto da Paraíba.
Quinteto da Paraíba Quem vai abrir a noite é o grupo instrumental paraibano, formado pelos músicos Yerko Tablito (1º violino), André araújo (2º violino), Ronedilk Dantas (viola), Andrêyna Dinoá (violoncelo) e Xisto Medeiros (contrabaixo), que surgiu divulgando a obra de compositores brasileiros, tendo o Nordeste como maior inspiração.
Nesta apresentação no Som das 6, o Quinteto da Paraíba vai executar composições do CD Nau Capitania de Itamaracá, lançado em 2008, a exemplo da música autoral Candeeiro Encantado e também Dança, de Chico César, além de um pouporri de Jackson do Pandeiro, considerado o Rei do Ritmo. Depois, junto com a atração principal da noite, o grupo vai mostrar músicas como Campo Branco, O Rapto de Joana do Tarugo, Noite de Santo Reis e Arrumação, todas de autoria de Elomar.
Trovador do Sertão Brasileiro O cantor e compositor Elomar conserva inabalável uma postura de resistência a toda forma de mercadorização da arte, a partir de seus discursos, seu modo de vida e de sua linha composicional. Aos 72 anos de idade, Elomar vê a sua obra em mais um momento de ascensão, depois de inaugurar a sua fase de romancista com a publicação de ‘Sertanílias’.
Minha música é contemporânea. Canto o que vejo, o que ouço e o que escuto de quadras remotas. A grande confusão que fazem quando se trata dela é que poucos atentos perceberam que ao mesmo tempo que falam do momento também o faço do que foi e do que será, do passado, do porvir. Meu canto é ancestral e ao mesmo tempo atemporal, disse o artista.
A particularidade da obra e da história de vida de Elomar, que dá origem a um trabalho considerado importante patrimônio imaterial do país, desperta teses de mestrado e doutorado em várias universidades brasileiras e de outros países.