Secretaria de Saúde pede a cardiologistas que sigam exemplo de anestesistas

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A secretária de Saúde da Prefeitura de João Pessoa (PMJP), Roseana Meira, fez um apelo aos médicos cardiologistas, em greve desde o último dia 16, no sentido de que a categoria retome suas atividades em paralelo às negociações com o município. Para a secretária, os profissionais podem conciliar a reivindicação do aumento salarial com a prestação dos serviços à população, a exemplo do que aconteceu com os anestesistas, que desde 26 de março vinham negociando com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e, em nenhum momento, suspenderam o atendimento ao público.

Roseana Meira acredita que o compromisso dos profissionais de saúde com a vida da população deve estar acima de interesses segmentados. Por conta disso, ela pede aos cardiologistas que retomem os seus serviços, principalmente no tocante aos procedimentos cirúrgicos, tendo em vista o alto grau de risco que a ausência desse tipo de assistência acarreta aos pacientes.

Ela lembrou que processo parecido aconteceu com os médicos anestesistas que prestam serviço ao Sistema Único de Saúde (SUS). Toda a negociação com a categoria aconteceu sem a paralisação desses profissionais. Os anestesistas iniciaram um movimento por reajuste salarial no dia 26 de março. As conversas com a SMS se estenderam até 18 julho, quando houve um acordo entre as partes.

O presidente da Cooperativa dos Anestesistas, Ronivaldo Barros, disse que a categoria ameaçou entrar em greve em dois momentos. “Mas como a Secretaria Municipal de Saúde sempre sinalizou no sentido de resolver o impasse, chamando o Ministério Público para intermediar as negociações, os profissionais decidiram continuar o atendimento aos pacientes”, relatou.

A saída para a questão, segundo ele, partiu de uma junção de forças entre Município e Estado, que firmaram um convênio para garantir o repasse de R$ 75 mil aos hospitais, que por sua vez utilizariam esses recursos para contratar os anestesistas. “Atualmente estamos resolvendo as questões burocráticas desse acordo. Nesse período as cirurgias continuam sendo realizadas normalmente”, garantiu o médico Ronivaldo Barros.