Ricardo Coutinho assina ordem de serviço para construção de 1.098 casas

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O prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), assina nesta terça-feira (2), a ordem de serviço para o início das obras da segunda etapa do Programa de Subsídio Habitacional-PSH, que transforma casas de taipa em alvenaria. A solenidade será realizada às 16h, na Rua 19 de março, no Roger. Para esta nova etapa do PSH, estão programadas mais 1.098 casas e o valor da obra está orçada em R$ 10.980.000,00 milhões, sendo R$ 8.784.000,00 milhões em recursos do Governo Federal e R$ 2.196.000,00 milhões da Prefeitura de João Pessoa. O Governo Federal, a Mavil Construtora, os bancos Cobansa e Paulista e a Cerâmica Elizabeth são os parceiros neste empreendimento.

A segunda fase do PSH começa pela comunidade da “Terra do Nunca”, no baixo Roger, onde vivem aproximadamente 300 pessoas entre homens, mulheres, jovens, idosos e crianças. Lá 57 novas casas, em condições de habitabilidade, irão substituir barracos de papelão, latão e casebres de barro e pau a pique. Desde a última sexta-feira que os moradores estão deixando o local para a construtora dar início à construção.

Em reunião realizada previamente com os habitantes da comunidade, ficou acertado que cada um procurará um local para se instalar até o término de conclusão da nova morada que deverá ficar concluída em 90 dias. A situação da “Terra do Nunca” é atípica porque envolve não só a construção de casas, mas também serviços de terraplanagem e infra-estrutura. No caso de edificações de unidades isoladas, cada casa fica pronta em 30 dias.

O morador da “Terra do Nunca” Antônio Apolinário da Silva, de 85 anos, disse que o seu desejo é passar o Natal na casa nova. Ele conhece como ninguém o lugar onde vive. Segundo seu Apolinário, antes o local era conhecido por Buracão, uma enorme área pantanosa onde as pessoas colocavam lixo. Como as famílias do local vivem em sua maioria de reciclagem e tiram do lixo a subsistência, aos poucos passaram a “levantar” as casas no entorno da área, que hoje se transformou na comunidade da “Terra do Nunca”.

As dificuldades das famílias, o isolamento e esquecimento deles e do local pelas autoridades competentes levou os próprios moradores a criarem um nome para o lugar e saírem do anonimato. Apresentaram várias sugestões e a “Terra do Nunca” foi o nome sorteado e o que melhor representava a realidade dessas famílias. Com esse novo projeto que está sendo implementado pelo Governo Municipal, os moradores já estão pensando em mudar novamente o nome do lugar.