Curso sobre saúde da mulher reúne 30 profissionais de serviços de JP

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Trinta profissionais dos serviços de saúde de João Pessoa estão participando do curso ‘Saúde da mulher: uma perspectiva feminista’, ministrado pela ONG ‘SOS Corpo’, no Hospital Santa Isabel, na Capital. O projeto da organização não-governamental é financiado pelo Ministério da Saúde e objetiva melhorar o atendimento na rede de assistência às mulheres, formando profissionais mais conscientes, que cuidem não só do tratamento de doenças, mas que possam levar em consideração o ambiente social, as condições econômica e cultural das pacientes. Ao investir na formação, o Município espera que os profissionais tenham condições, por exemplo, de orientar uma pessoa vítima de violência ou com Aids, para que ela não fique à margem da sociedade.

Segundo a educadora da ‘SOS Corpo – Instituto Feminista para a Democracia’, Simone Ferreira, o curso tem 100 horas, sendo quarenta presenciais e trabalha os eixos gênero, classe e raça como determinantes do processo saúde-doença; corpo e sexualidade; violência contra a mulher e o atendimento às vítimas nos serviços de saúde e políticas públicas de saúde. A ONG tem sede em Recife, mas atua em todo o País. “Entramos em contato com a Secretaria de Saúde, que entendeu a importância do projeto e abraçou a idéia”, disse.

A técnica da Gerência da Educação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Evellin Bezerra, disse que a Prefeitura de João Pessoa (PMJP) selecionou profissionais dos cinco distritos sanitários da cidade e dos hospitais e maternidades municipais para participarem da formação. O primeiro módulo foi aplicado na quinta e sexta-feira e o segundo está marcado para novembro. As outras duas etapas ainda serão marcadas.

“Queremos fortalecer a rede de assistência às mulheres e provocar mudanças de práticas. Queremos que os profissionais de saúde passem a ver as mulheres como sujeitos que determinam suas próprias vidas e não apenas como corpos que carregam doenças. É importante, para isso, que seja estabelecidos vínculos entre os profissionais e as pacientes, para que, por exemplo, elas não sejam discriminadas durante o atendimento, porque tiveram um aborto, porque têm Aids ou sofreram violência sexual”, explicou.