Duas vozes femininas tomam conta do Projeto Seis e Meia

Por - em 482

Duas mulheres muito competentes são as atrações do Projeto Seis e Meia desta quarta (14). A principal atração é cantora baiana Maria Creuza. De voz marcante, ela foi a preferida do poeta Vinícius de Morais. A abertura do evento será feita pela cantora e compositora Tânia Gomes, um dos expoentes da música paraibana da atualidade.

O Projeto Seis e Meia é promovido pela Prefeitura de João Pessoa em parceria com a Acorde Produções. O evento tem o patrocínio da Saelpa e recebe o apoio cultural do Ambassador Flat, Empreendimento Villas de Areia, além dos bares e restaurantes Cia do Chopp, Vila Cariri e Dona Branca. As apresentações acontecem às 18h30 na Praça de Eventos do MAG Shopping em Manaíra. Os ingressos custam R$ 16,00 (inteira) e R$ 8,00 (estudante) e podem ser comprados antecipadamente ou na hora do show no posto de vendas montado ao lado da bilheteria dos cinemas, no primeiro piso do MAG.

Trajetória– Maria Creuza Silva Lima nasceu em Esplanada, Bahia, em 26 de Fevereiro de 1944. Mudou-se com a família para Salvador com dois anos e foi durante o curso ginasial, no Colégio Ipiranga, que passou a se interessar por música, nas aulas de canto orfeônico.

Aos 15 anos formou um conjunto de moças – o ‘Les Girls’ – de curta duração, onde se destacava como crooner, o que lhe permitiu entrar em contato com o meio musical. Aos 16 anos foi convidada para cantar em alguns programas das rádios baianas. A partir daí, tornou-se conhecida em Salvador e, já no ano seguinte, passou a ter um programa na TV Itapoá, intitulado “Encontro com Maria Creuza”, que durou quatro anos.

Contratada por uma gravadora local, gravou somente músicas em inglês. Em 1965 conheceu Antônio Carlos (da dupla Antônio Carlos e Jocafi), que iniciava sua carreira de compositor e com quem viria a casar, três anos depois, no Rio de Janeiro.

Foi considerada a melhor intérprete do IV Festival Universitário, realizado em 1969, no Rio de Janeiro, ao classificar em terceiro lugar a música “Mirante” (Aldir Blanc e César Costa Filho). No mesmo ano, defendeu “Catendê” (Antônio Carlos e Jocafi) no V FMPB. No final desse ano, no Rio de Janeiro, conheceu Vinícius de Moraes, que a convidou para participar de um show com ele e Dori Caymmi, em Punta del Este, no Uruguai, e que mais tarde seria gravado em disco. Chegou às paradas de sucesso, em 1971, com “Mas que doidice” (Antônio Carlos e Jocafi). Com Toquinho e Vinícius de Moraes, ainda em 1971, Maria Creuza gravou o LP ‘Eu sei que vou te amar’ e fez uma temporada em Paris, França, Milão e Itália.

Em 1973 gravou o LP ‘Eu disse adeus’, cantando a música-título (Roberto Carlos) e um pot-pourri com “Obsessão” (José Maria de Abreu e Jair Amorim), “Não me diga adeus” (Paquito, Luís Soberano e Correia da Silva), “Pois é” (Chico Buarque e Tom Jobim) e “A flor e o espinho” (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito). Gravou quatro LPs na Argentina. Seu LP ‘Você abusou’ (1972) foi lançado em Paris e Roma, Itália, e ‘Eu disse adeus’ foi gravado também em espanhol, para ser vendido na Europa.

Participou, em 1974, do II Festival Mundial de Música Popular, em Tóquio, Japão, defendendo a música de Antônio Carlos e Jocafi “Que diacho de dor”, classificada em segundo lugar. Nesse mesmo ano, gravou o LP ‘Sessão nostalgia’ do qual faziam parte as músicas “De conversa em conversa” (Haroldo Barbosa e Lúcio Alves), “Duas contas” (Garoto), “Vingança” (Lupicínio Rodrigues), “Luz negra” (Nelson Cavaquinho e Amâncio Cardoso) e “O sol nascerᔠ(Cartola e Elton Medeiros).

Nas décadas de 1980 e 1990 lançou os LPs ‘Sedução’ (1981), ‘Poético’ (1982), ‘Meia Noite’ (1983), ‘Maria Creuza’ (1984), ‘O melhor de Maria Creuza’ (1985), ‘Paixão acesa’ (1986), ‘Pura magia’ (1987),’ Da cor do pecado’ (1989) e ‘Todo sentimento’ (1991).

Maria Creuza continua cantando pelo Brasil e no exterior e ainda encantando a todos com a força de sua voz e a graça de sua performance. No Seis e Meia desta Quarta-feira, ela fará uma retrospectiva de sua carreia e será acompanhada pelo atual marido, o tecladista Miguel, e alguns músicos paraibanos.

Tânia Gomes – Dona de uma bela voz e musicalidade indiscutíveis, a cantora, compositora e instrumentista, Tânia Gomes, a cada dia vem se destacando no cenário musical paraibano.

Tânia foi integrante da banda Absurdus uma da mais badaladas dos anos 90, formada apenas por mulheres. Iniciou sua carreira solo em 2001 e tem um disco gravado com músicas de sua autoria. Hoje, ela participa de vários eventos, projetos e festivais e canta na noite em diversos espaços de João Pessoa. É sem dúvida uma referência de qualidade na cena musical da Paraíba.