Renata Arruda e Paulo Vinícius, talento paraibano no Seis e Meia

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O talento de dois grandes artistas da Paraíba vai abrilhantar o Projeto Seis e Meia, nesta quarta-feira (5), na Praça de Eventos do MAG Shopping, localizado no bairro de Manaíra, em João Pessoa. A atração principal será a cantora e compositora paraibana Renata Arruda, uma das mais expressivas estrelas da MPB da atualidade. Na abertura da programação tem o sergipano radicado na Paraíba, Paulo Vinícius, que vai apresentar as músicas do disco ‘Somos’, lançado recentemente.

O Projeto Seis e Meia é mais uma ação na área cultural da Prefeitura de João Pessoa (PMJP) em parceria com a Acorde Produções. O evento tem o patrocínio da Saelpa e o apoio do ‘Ambassador Flat’, ‘Empreendimento Vilas de Areia’ e dos restaurantes ‘Dona Branca’, ‘Vila Cariri’ e ‘Cia. do Chopp’.

Os shows acontecem a partir das 18h e os ingressos custam R$ 16,00 (inteira) e R$ 8,00 (estudante). Venda antecipada ou na hora do espetáculo, no posto montado ao lado da bilheteria do cinema, no primeiro piso do MAG. Mais informações pelo telefone 9134-7610.

Renata – Natural da Paraíba, aos 19 anos Renata Arruda mudou para Brasília e deu início a sua carreira musical, já que em João Pessoa a família insistia para que ela levasse em frente o seu dom de tenista, pois detinha o título de campeã Norte-Nordeste.

Depois de três anos em Brasília, tocando e cantando nos mais diversos lugares, tendo sido eleita cantora revelação em 1989, mudou para o Rio de Janeiro para gravar seu primeiro CD, ‘Traficante de ilusões’, produzido por ‘Mazola’.

Nessa primeira incursão, já teve uma das faixas de seu disco – ‘Sangue latino’ – incluída na trilha sonora da novela ‘Fera ferida’ da Rede Globo, e a faixa ‘Só de sacanagem’ na série ‘Confissões de Adolescente’.

Com o mesmo CD, concorreu ao ‘Prêmio Sharp’ como melhor música com ‘Copacabana blues’. O álbum contava com duas participações especiais, Alceu Valença e Ney Matogrosso, esse último um de seus maiores incentivadores, tendo até gravado música de autoria de Renata.

No segundo CD, ‘Renata Arruda’, gravado em 1996, com produção também de ‘Mazola’, a cantora priorizou suas composições. O CD se diferencia pela escolha de alguns compositores nordestinos, como seu conterrâneo Chico César (a música ‘Templo’ foi incluída na trilha sonora da novela ‘Vira lata’ da TV Globo) e os pernambucanos Lenine e Lula Queiroga. Sua voz também estava nos intervalos comerciais, na campanha do Guaraná Antártica, com a música ‘Canudinho’.

O terceiro CD, ‘Um do outro’, produzido por Guto Graça Mello, se afasta do tom utilizado nos dois primeiros, com apenas duas canções próprias. Nesse disco, outra música fez parte de uma trilha sonora de uma novela da Globo: ‘É ouro pra mim’, de Peninha, fez sucesso em ‘Andando nas nuvens’.

Em julho de 2002, realizou o show de abertura no ‘6° Festival de Filmes Brasileiros’, em Miami. No ano seguinte, chega ao mercado pela Sony Music o CD ‘Por elas e outras’, produzido por Robertinho do Recife. Nesse trabalho, Renata imprimiu sua identidade pop-rock em composições de Dolores Duran – ‘Castigo’ – e Maysa – ‘Ouça’. Ela fez também homenagens a outras compositoras brasileiras como Rita Lee, Zélia Duncan, Adriana Calcanhoto e Ângela Rô Rô.

Com produção artística e executiva, arranjos e concepção de Renata Arruda, e supervisão de Robertinho do Recife, ela está lançando seu primeiro DVD e quinto CD, intitulados ‘Pegada’, onde faz uma viagem pelo pop-rock, blues e forró. No Seis e Meia desta semana, Renata Arruda fará uma retrospectiva de sua vitoriosa carreira.

Raízes nordestinas
– Já Paulo Vinícius é engenheiro e bacharel em Direito por profissão e músico por vocação. Nasceu em Sergipe, mas vive na Paraíba há mais de 20 anos. Com voz firme, sempre gostou em dar ‘canjas’ em bares e em shows de amigos. A semelhança com a voz de Zé Ramalho o transformou numa espécie de ‘cover’ do artista paraibano, de quem Paulo Vinícius é fã desde a adolescência.

Essa paixão pela obra de Zé Ramalho levou Paulo a gravar em 2001 o disco ‘Outubro’, uma homenagem ao paraibano, que reunia composições de Ramalho e de outros grandes nomes da música brasileira.

No mês passado Paulo Vinícius lançou o CD ‘Somos’, um novo disco cheio de personalidade. Além de cantar músicas de compositores como Beto Brito, Geraldo Azevedo, Zé Ramalho, Gonzaquinha, Fuba e Hugo Leão, ele mostra sua veia de compositor. Três músicas autorais estão em ‘Somos’: ‘À deriva’, dele e Dida Fialho; ‘Xote do buraco’ em parceria com Jarbas Mariz; e ‘Blues para Calhetas’, um inspirado encontro musical com Betinho Muniz.

‘Somos’ traz também a música ‘La corrida’, do cantor francês Francis Cabrel, interpretada por Paulo Ditarso – cantor, compositor e instrumentista paraibano radicado na Suíça – com adaptação e tradução de Paulo Vinícius e Wylka Vidal.

Em ‘Somos’, Vinícius buscou um encontro musical com os amigos da terra que cantam com ele no disco, a exemplo de Hugo Leão e Geffe Guimarães, Soraia Bandeira, Fabíola Lira, Paulinho Ditarso, Flamarion, Beto Brito e os primos Eudinho e Renata Arruda.

Nesta quarta-feira, Paulo Vinícius vai tocar o repertório do novo disco e será acompanhado pelos músicos Hélio Medeiros (teclados), Vandix (violão e guitarra), Adriano Ismael (contra-baixo), Beto Preah (bateria) e Otacílio Feitosa (percussão).