PMJP realiza ação preventiva contra a hanseníase no Terminal de Integração

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A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) vai disponibilizar, nesta quinta-feira (17), equipes para realizar testes gratuitos para identificar possíveis casos de hanseníase. A ação ocorrerá no Terminal de Integração e no Terminal Ferroviário da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), das 8h às 17h. Este trabalho está sendo articulado em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde e os municípios de Santa Rita e Bayeux. No dia 24 de janeiro, comemora-se o Dia Mundial de Controle à Hanseníase.

Também foram reservadas salas exclusivas onde uma equipe de dermatologista fará avaliações clínicas para detecção de pessoas com manchas na pele e com sintomas da hanseníase. Haverá, ainda, distribuição de panfletos educativos e um grupo de profissionais vai orientar passageiros dos trens e ônibus sobre os riscos e as formas de contágio da doença.

A hanseníase é uma doença causada pelo micróbio chamado bacilo de Hansen e ataca normalmente a pele, os olhos e os nervos. A transmissão ocorre pelas vias aéreas: uma pessoa infectada libera o bacilo no ar e cria a possibilidade de contágio. Porém, a infecção dificilmente acontece depois de um simples encontro social, pois o contato deve ser íntimo e freqüente. Em geral, após 15 dias de tratamento correto, não há risco de contaminação.

De acordo com a coordenadora do setor de Tuberculose e Hanseníase, Marília Ramos, o município de João Pessoa tem se empenhado em ações de prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. “É importante que a pessoa, ao observar a presença de manchas na pele, procure imediatamente uma unidade de saúde para fazer uma avaliação clínica. Quanto mais rápido for detectada a doença, maiores são as chances de cura.

Marília Ramos lembrou que o tratamento da hanseníase em João Pessoa é gratuito e pode ser realizado nas unidades básicas de saúde, Hospital Clementino Fraga e Hospital Universitário. A duração média é de 6 a 12 meses.

Índices– Em 2007 foram registrados em João Pessoa 134 casos hanseníase, sendo 124 novos, segundo dados do Sistema Nacional de Notificações (Sinan). O índice é menor do que o total de casos registrados em 2006 com 167 notificações e, em 2005, com 162 registros. Marília Ramos acrescentou que, em 2006, 79% dos casos foram totalmente curados. “Isso demonstra que a doença tem cura. O que nós precisamos trabalhar é o preconceito que ainda existe”, alertou.