Moradores do Bessa prestigiam shows do Estação Nordeste na Praça do Caju

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Música eletrônica e MPB agitaram a noite do projeto Estação Nordeste, que levou um numeroso público ao Anfiteatro Zé Ramalho, localizado na Praça do Caju, no bairro do Bessa, na quinta-feira (17). O evento foi marcado por muita emoção e os moradores do lugar puderam conferir bem de perto uma canja do cantor Zé Ramalho, que dá nome ao anfiteatro da praça. O prefeito Ricardo Coutinho (PSB) marcou presença no evento.

O cantor e compositor paraibano agradeceu a homenagem cantando famosas canções, como ‘Avohai’ e ‘Chão de giz’, ao lado de dois de seus filhos, Cristian e Antônio Ramalho, e do cantor Hugo Leão, velho parceiro e que logo após apresentou o seu show. A noite foi encerrada com ‘Chico Correia & Eletronic Band’.

O prefeito Ricardo Coutinho disse que esses equipamentos sociais devem ser espaços de cultura e arte para todos, além de proporcionarem uma verdadeira transformação social. “A escolha do nome de Zé Ramalho se deu a tudo que ele representa para a Paraíba, pela sua obra e sua longa caminhada divulgando o nome do Estado por todo o Brasil”, frisou. Na ocasião, o prefeito entregou oficialmente o anfiteatro à população do bairro. O projeto Estação Nordeste é organizado pela Prefeitura de João Pessoa (PMJP), através de sua Fundação Cultural (Funjope), e tem o apoio do Ministério do Turismo.

Hugo Leão – O cantor sergipano Hugo Leão foi a primeira atração a se apresentar. Ele fez o público relembrar velhos sucessos da música popular brasileira, tanto de sua autoria quanto de compositores nacionais bastante conhecidos, como Paulo Diniz e o próprio Zé Ramalho.

Hugo Leão tem uma rica história de trabalhos e parcerias com artistas de todo o Brasil. Foi também tecladista e arranjador dos primeiros LPs da cantora Cátia de França. Tem dois discos gravados e está em turnê em parceria com o seu filho Geffe e o músico Rafael. Leão foi líder, guitarrista solo e vocalista da banda ‘The Gentlemen’, grupo que fez muito sucesso na Paraíba nos anos 60 e 70 e que ainda hoje conserva um grande fã-clube.

Toninho Borbo
– Já o artista Toninho Borbo veio direto de Campina Grande para ritmos como samba, soul-funk e rock. ‘Para fins de mercado’ é o título do mais recente trabalho do músico, elaborado a partir de uma tecnologia musical de ponta – a ‘Semi Metallic Disc’ (SMD) – uma mídia que toca em todo tipo de aparelho e tem baixo custo de venda. Cada mídia dessa só pode ser vendida ao preço de R$ 5,00, com o valor impresso na caixinha, impedindo a comercialização por outro valor, como forma de driblar a pirataria, segundo o próprio artista. Toninho Borbo já possui no mercado o CD ‘Do Beco ao Eco’, de 2003, em que mergulhou no universo dos sentimentos e das estruturas sociais. Foi dessa mesma época a sua experiência no grupo ‘Quebra-quilos’, que unia jazz e MPB.

Chico Correia – Para finalizar a noite e colocar todo mundo para dançar, subiram ao palco os samplers, pedais de eco, scratches, programas de computador e os tradicionais guitarra e baixo da ‘Chico Correia e Eletronic Band’. De forma abrasileirada, o grupo mantém a idéia da fusão de estilos e tecnologia. O regionalismo é marcante, mas também é universal e de repente um pandeiro pode ser uma base de reggae. Atualmente, o grupo é formado pelos músicos Esmeraldo, na guitarra, programação eletrônica e efeitos digitais; Orlando, no contrabaixo; Larissa Montenegro, vocal; J. Cassiano, na percussão; Vitor Ramalho, na bateria e percussão, e Stephan, no saxofone.