Ipês amarelos encantam e deixam a Lagoa mais bela

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Mesmo com a correria de milhares de pessoas que passam todos os dias pelo Parque Solon de Lucena (Lagoa), é praticamente impossível não parar e contemplar a floração dos ipês amarelos, que modificam o cenário urbano, enchendo-o de alegria e beleza. Este ano a floração atrasou um pouco, pois só aconteceu agora em janeiro há pouco mais de uma semana.

“Normalmente, podemos ver as flores dos ipês no mês de setembro e novembro, chegando até dezembro. Mas este ano – devido a influências climáticas – tivemos uma floração atípica”, explicou Cláudio Almeida, da diretoria de Estudos e Pesquisas da Secretaria do Meio Ambiente (Semam).

Em vários pontos da cidade há pelo menos um Ipê, como nos bairros Valentina Figueiredo, Jaguaribe, Varadouro e ruas do Centro da Capital, mas a maior concentração é na Mata do Buraquinho, localizada nas margens da avenida Pedro II, onde há muitas dessas árvores. De acordo com o técnico da Semam, o ipê amarelo é visto com maior intensidade no Nordeste e Sudeste do Brasil, mas pode-se encontrar também no Centro Oeste. Ele acrescentou que esse tipo de árvore, conhecida como ‘pau d’arco’, é mais encontrado em áreas litorâneas e de caatinga.

Reações – Na manhã desta quinta-feira (24), entre os ipês da Lagoa, um rapaz colocou uma flor no cabelo da namorada e registrou o momento em fotografia, enquanto as flores iam caindo uma a uma das copas amarelas. Ao ver aquela cena, o comerciante Antonio Ferreira de Melo disse que cada floração é um espetáculo diferente que a natureza proporciona. “Tenho um quiosque aqui há dois anos e sempre fico contemplando e observando as pessoas. Ontem mesmo vi um senhor que juntou várias flores amarelas nas mãos e começou a cheirá-las e a jogá-las em seu rosto. Foi lindo demais, ele voltou à juventude”, relatou o comerciante.

Um casal de idosos sentou em um dos banquinhos sob várias copas de ipês floridas e bem amarelas da Lagoa. Ali, os dois ficaram minutos conversando e olhando as flores cairem. “A natureza é bela. Ela nos proporciona espetáculos exuberantes e de graça. Sentimo-nos em paz estando aqui”, disse Geraldo Maciel. A jovem Ana Maria Ferreira da Costa disse que o tapete verde e amarelo que é formado com a mistura das flores e da grama foi o que mais lhe chamou a atenção.

Origem – Os ipês amarelos são árvores nativas da mata atlântica brasileira. Pertencentes à família botânica Bignoniaceae, gênero Tabebuia, também compreende espécies com flores nas cores branca, roxa, rosa ou lilás. Em outras regiões brasileiras, os ipês também recebem outras denominações. O nome científico Tabebuia, de origem tupi-guarani, significa pau ou madeira que flutua. É denominada pelos índios de caxeta, árvore que nasce na zona litorânea do Brasil, cuja madeira íntegra (inatacável) resiste ao apodrecimento.