Praça do Caju recebe nesta quinta shows de Lírios do Gueto e Vera Lima
A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) e a Coordenadoria de Políticas Públicas Para Mulheres (CPPM) elaboraram uma vasta programação cultural para celebrar o Dia Internacional da Mulher (8 de Março), dentro da campanha ‘Cidadania Ativa para as Mulheres’. Nesta quarta-feira (5), a partir das 19h, o Anfiteatro Zé Ramalho, da Praça do Caju, no Bessa, recebe os shows da Banda Lírios do Gueto, formada basicamente por mulheres, e a cantora Vera Lima. Já na quinta-feira (6), as atividades acontecem no Anel Interno do Parque Solon de Lucena, com os shows de Cida Alves, às 10h; Vó Mera, às 15h e de Jaqueline Alves, às 17h.
A proposta da banda de reggae Lírios do Gueto, que já tem dois anos de estrada, é reunir, no reggae e em ritmos afins, a presença de várias vozes, em harmonia com os sons contagiantes da guitarra e do contrabaixo, a melodia suave do teclado e da flauta e o ritmo marcante da percussão e bateria.
A banda traz influências do ícone do gênero, Bob Marley, e ainda, de bandas como O Rappa, Vibrações Rasta, Natiruts e Ponto de Equilíbrio. O repertório também é composto de músicas autorais, a exemplo de Meninos Perdidos e Universo.
Lírios do Gueto é formada por Débora (teclado, voz e percussão), Fabiane (guitarra), Lizete (flauta, voz e percussão), Lucyane (contrabaixo e voz) e Rinah (voz e percussão), Laryssa (percussão) e Italan, (bateria).
A segunda atração da noite é a cantora Vera Lima, que tem na sua música uma forte influência dos Movimentos Sociais populares, pastorais sociais e movimento de mulheres da década de 1980. Segundo a artista, suas composições surgem a partir das vivencias e experiências junto aos oprimidos e oprimidas, excluídos e excluídas. A artista traz, em sua trajetória, lembranças muito vivas dos cantadores de violas, cancioneiros populares e rezadeiras, que são tão presentes no cotidiano nordestino.
Lagoa – A programação cultural do Parque Sólon de Lucena conta com a participação das artistas Cida Alves, Vó Mera e Jaqueline Alves. Cida Alves nasceu na Bahia e mora na Paraíba há vários anos, canta e toca violão desde os dez anos de idade. A intérprete e compositora começou a cantar a partir da influência da mãe, que gostava muito de ícones como Francisco Petrônio e Dalva de Oliveira. Além do repertório cuidadoso e muito eclético, a cantora tem como essência no seu trabalho, a exploração das músicas como instrumento de emotividade. Neste show, Cida Alves vai mostrar composições autorais, como Fogo e Vela e de autores paraibanos, como Som da Mata, de Cristiano Oliveira, Duas margens, de Lúcio Lins, conhecida na voz de Eleonora Falcone e Coito das Araras de Cátia de França.
Já a cirandeira Vó Mera, do bairro do Rangel, traz para esta programação especial um repertório de cocos e cirandas que abordam temas que vão desde o universo da mulher aos conflitos cotidianos entre as pessoas. De forma interativa, Vó Mera canta e utiliza as percussões praieiras e os coqueiros de Cabedelo e Tambaú, além do amor, muito exaltado nas composições de domínio público executadas pela referida mestra dos saberes populares.
Outra grande atração do evento será cantora Jaqueline Alves, natural de João Pessoa, que descobriu afinidade com a música ainda quando criança, quando se apaixonou pelo som do violão e pela arte do canto. Para este show, a artista preparou um repertório especial, formado por composições autorais, como Tudo Errado, Lia, Não Quero Saber, A Cigarra e o Beija-Flor e Toda Tua, e ainda Estilhaços e Cucucaia, de Cátia de França, e A Francesa, de Cláudio Zoli, conhecida da voz de Marina.