População do Jardim Veneza ganha creche para 120 crianças
A Prefeitura de João Pessoa (PMJP) deve criar cerca de 1.300 vagas na educação infantil este ano. Para chegar a essa marca até o próximo mês de julho, o prefeito Ricardo Coutinho (PSB) inaugurou, na manhã desta terça-feira (29), no Jardim Veneza, a sexta de uma série de 11 creches-escola que estão sendo construídas na cidade. O Centro de Referência em Educação Infantil (Crei) Gertrudes Maria vai atender 120 crianças de 2 a 5 anos, do bairro Jardim Veneza.
O prefeito disse que a meta da Prefeitura é garantir vagas a todas as crianças que dependem da escola pública na cidade, principalmente na educação infantil, onde existe uma demanda reprimida de anos. Quando assumimos a Prefeitura, em janeiro de 2005, havia 2.400 vagas nas creches, mas apenas 1.200 estavam preenchidas de fato e não era por falta de alunos. Abrimos as vagas de fato e ampliamos o número delas, disse. Com essa creche do jardim Veneza, 3.495 crianças estarão sendo assistidas nos Creis municipais.
Tarefa partilhada – Ricardo lembrou que educar não é uma tarefa isolada da escola ou da creche. Estamos construindo 11 creches este ano, para garantir o cuidado e educação de crianças na faixa etária de 2 a 5 anos. Mas não basta deixar a criança numa creche. O papel da família também é fundamental no processo educativo. A educação não é uma tarefa só do professor. A mãe, a família precisa acompanhar o desenvolvimento dos filhos, lembrou.
Segundo a secretária da Educação e Cultura, Ariane Sá, na próxima segunda-feira, uma equipe estará no novo prédio, fazendo o cadastro das crianças e explicando às mães os critérios que serão utilizados para as matrículas. Essa creche tem o mesmo padrão das cinco outras que já foram entregues este ano e das que estão sendo construídas. Aqui, a criança tem todos os cuidados e sairão preparadas para ingressar no primeiro ano do ensino fundamental, destacou a secretária.
Homenagem O nome da creche é uma homenagem a uma escrava liberta que nasceu em 1828, em João Pessoa, comprou sua libertação e passou a maior parte de sua vida lutando para ter o direito reconhecido. Ela recorreu aos tribunais em pleno século XIX, numa atitude pouco comum à época, quando teve sua liberdade condicionada ameaçada. A escolha desse nome era uma reivindicação antiga do movimento negro da Paraíba, disse Solange Rocha, coordenadora da ONG Bamidelê.
A conselheira do Orçamento Democrático da 6ª região, Jailma Vasconcelos, disse que a creche é uma grande conquista da comunidade, que pediu nas reuniões do OD e foi atendida. Vamos preservar esse bem público para que fique aqui durante muitos anos, recomendou.