Prefeitura adota série de medidas e reduz mortalidade materna em JP

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O ‘Dia Nacional de Luta pela Redução da Mortalidade Materna’ será lembrado nesta quarta-feira (28), na Capital. Desde 2005, a Prefeitura de João Pessoa (PMJP) vem realizando uma série de ações de prevenção e combate a mortalidade materna, alcançando êxito na diminuição dos índices desse problema no município. Entre elas, destaca-se a investigação de todos os óbitos em mulheres com idade fértil (de 10 aos 49 anos), para que medidas de melhoria na assistência à saúde desse público sejam adotadas, implementadas e monitoradas.

Além disso, a PMJP vem investindo na melhoria das estruturas físicas das Unidades de Saúde da Família (USFs) e na compra de novos equipamentos para realização de exames ginecológicos (mesa ginecológica, colchão, sonar, foco, balança antropométrica, tensiômetro, estetoscópio) e na distribuição de medicamentos para gestantes de baixo e alto riscos.

Crescimento – Dados da Secretaria de Saúde do Município (SMS) apontam um crescimento positivo na realização do exame pré-natal em mulheres no primeiro trimestre de gestação. Em 2004, apenas 63,1% das gestantes cadastradas no Programa Saúde da Família (PSF) iniciaram pré-natal no período; em 2005 foram 68% e, em 2006, o percentual chegou a 70,9%. No ano de 2007 o índice foi de 76,1%.

Também foram implementados ambulatórios especializados para o pré-natal de alto risco, funcionando no Instituto Cândida Vargas (ICV) e Hospital Universitário Lauro Wanderley. Antes, a coleta de exames acontecia apenas no Laboratório Central do Estado (Lacen), mas atualmente esse atendimento é prestado nas Unidades de Saúde da Família, facilitando o acesso da gestante aos serviços laboratoriais oferecidos pelo município.

Maior cobertura – Segundo a diretora de Atenção a Saúde da Mulher, Ana de Lourdes de Alexandria, houve um aumento significativo na cobertura da saúde da família. Em 2004 essa ação cobria 72,7% da população, já em 2007 a atenção à saúde atingiu cerca de 84% . “A extensão da cobertura das ações das equipes de saúde da família melhorou a qualidade da assistência prestada às gestantes, chegando a um índice de 90% de nascidos vivos de mães com quatro ou mais consultas de pré-natal a partir do primeiro trimestre de gestação”, informou.

Também vem sendo intensificada a visita domiciliar às gestantes por agentes comunitários de saúde. No ano de 2004, 94,2% das áreas de cobertura pela equipe de saúde foram acompanhadas. Em 2007, a proporção subiu para 97,6%. “A subnotificação da mortalidade materna no município ainda não pode ser vista como inexistente, mas foram elaboradas estratégias para detectar o maior número de casos de óbitos possíveis, e assim realizar medidas de controle e prevenção”, disse Ana de Lourdes.