Escola Zumbi dos Palmares celebra ‘Dia da Consciência Negra’, nesta 5ª

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‘Dia da Consciência Negra’. No dia 20 de novembro de 1695, Zumbi dos Palmares foi assassinado. Líder do movimento negro de resistência à escravidão no Brasil, o seu nome é ícone da luta pela igualdade, direitos e memória da cultura negra. Em homenagem a esta causa, a Escola Municipal Zumbi dos Palmares, que já tem no nome, o símbolo desta história, realiza nesta quinta-feira (20) uma série de atividades durante todo o dia, envolvendo toda a comunidade escolar. A escola fica localizada no Bairro de Mangabeira, em João Pessoa.

A programação começa às 9h com palestras e debates juntos aos representantes do Movimento Negro da Paraíba, professores, gestores e alunos. O tema central será o preconceito que se tem com a cultura negra, sua história de lutas e conquistas. Em seguida haverá apresentações de manifestações culturais com identidade negra, como o hip hop, o maculelê e a capoeira. Na ocasião, professores e alunos farão uma mostra sobre a história de Zumbi dos Palmares. A programação se repete no turno da tarde.

“Precisamos incentivar nossos alunos a se reconhecerem na multiculturalidade das raças, rever a história e reconstruir novos significados, a hora agora é de conscientização, seja pela inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação, identificação de etnias, beleza negra, entre outros temas, é nosso dever enquanto educadores”, afirma a diretora da Zumbi dos Palmares, Alice dos Santos.

Africanidade – A Secretaria de Educação e Cultura (Sedec) inseriu desde 2007 no currículo básico, a Lei Federal nº 10639/2003, conhecida como a Lei da Africanidade, que obriga as escolas brasileiras a implantarem a linha de estudo que foca o ensino da Cultura Afro-Brasileira e Africana nas salas de aula. Para uma efetiva aplicação da Lei nas escolas e a criação de bases teóricas e fundamentações para atividades práticas sobre a temática da africanidade, a Sedec realizou ano passado o Curso de Cultura Afro-Brasileira e Africana dentro das Formações Continuadas para professores, gestores e especialistas da rede municipal de ensino.

A partir de então, a temática tem sido trabalhada transversalmente em todas as disciplinas, no entanto, os professores de História e Português foram destinados um acréscimo de uma hora/aula na matriz curricular para discussão desta temática junto aos alunos da rede. A Sedec ainda realizou o I Seminário Municipal sobre Educação, Relações Étnicos Raciais e Práxis Pedagógicas como culminância desta formação.