Mulheres de grupos de produção avaliam 2008 e planejam 2009
Cerca de 100 mulheres dos grupos de produção de artesanato, culinária e corte e costura dos bairros do Alto do Mateus, Cristo, Boa Esperança, Valentina Figueiredo, Mumbaba e Muçumago e Cidade Verde se reúnem nesta quarta-feira (3), a partir das 9h, no Centro de Formação do Alto do Mateus (ao lado da igreja Santa Clara) para avaliar suas atividades durante este ano e planejar ações para 2009. O encontro, promovido pela Rede Margaridas (Remar), conta com o apoio da Prefeitura de João Pessoa (PMJP), através da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).
O diretor de Economia Solidária e Segurança Alimentar e Nutricional (Direcosan) da Sedes, Ronildo Monteiro, explica que os grupos de produtoras acompanhadas por essas organizações revelam a expressão das iniciativas de trabalhos coletivos e solidários. Essas experiências referendam a prática de uma economia onde não há patrão nem empregados; onde o grupo compartilha responsabilidades, deveres e resultados de forma democrática, e essas organizações são regidas por relações de cooperação e solidariedade, havendo com essa prática uma distribuição mais justa de renda, a valorização do humano na busca do desenvolvimento local sustentável, disse.
Várias iniciativas têm sido fomentadas pelo Governo Municipal junto a essas mulheres, ora por programas como o de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), ora em parceria com organizações que atuam em bairros como Mumbaba e Muçumago, que já receberam Unidades de Inclusão Produtiva em Alimentos, e o Alto do Mateus onde está sendo implantada uma Unidade de Inclusão Produtiva em Vestuário.
As unidades têm o objetivo de oferecer às mulheres infra-estrutura, formação e qualificação necessárias para que elas tenham condições de montar empreendimentos coletivos e solidários e consigam superar a situação de falta de trabalho e de renda, na perspectiva de melhorar sua qualidade de vida e de suas famílias, destacou o diretor.
A artesã Olívia Dantas, do grupo Beira da Linha, entende que o encontro será um momento para refletir que quando o poder público e a sociedade civil se articulam, é possível sonhar, construir novas perspectivas e mudar realidades.
Ela lembra que entrou para o grupo há um ano e seis meses, após o curso de corte e costura Construindo Escolha e desde então sua vida mudou bastante. Conheci mais gente, minha auto-estima aumentou, quando vi que as pessoas gostavam das bolsas que faço. Como dona de casa a gente não é valorizada. Já comprei até minha máquina com o dinheiro que recebi do meu trabalho, afirmou Olívia.