Forró e irreverência marcam o encerramento dos festejos juninos

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Forró, irreverência, emoção e exaltação da cultura popular marcaram o encerramento, nesta quarta-feira (29), do “São João de João Pessoa – O Melhor da Gente”, no Ponto de Cem Réis. O evento, promovido pela Prefeitura da Capital (PMJP), através da Fundação Cultural (Funjope), no último dia, foi animado por shows de alguns dos mais autênticos representantes da música nordestina: Genival Lacerda, Flávio José e Clã Brasil.

“Realmente a cidade tem afinidade com a cultura popular, uma aproximação muito grande com as raízes da nossa cultura. Queremos avivar a nossa festa seguindo uma característica própria que é exatamente festejar, valorizar a cultura popular, dando oportunidade a todos os artistas, tanto aqueles que já têm a carreira consolidada como os que estão em ascensão”, disse o prefeito Luciano Agra.

O prefeito também agradeceu a presença da população, que participou ativamente dos festejos juninos, destacou o empenho dos servidores da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) na realização da festa e ressaltou que o investimento no evento foi de aproximadamente R$ 1 milhão, com recursos próprios.

 

Este ano, “São João de João Pessoa – O Melhor da Gente” homenageou os 60 anos de carreira do paraibano Genival Lacerda, que completou 80 anos de vida em abril deste ano. A festa contou ainda com mais de 50 atrações entre elas: Gilberto Gil, Joquinha Gonzaga, Biliu de Campina, Flávio José, Alceu Valença e Clã Brasil. Além do 15º Concurso de Quadrilhas Juninas, realizado de 22 a 26 de junho, na Praça Dom Adauto.

No último dia de comemoração dos festejos juninos na Capital, a festa no palco de shows começou com as meninas do Clã Brasil, que apresentaram um repertório cheio de estilo e personalidade, iniciado com sucessos do paraibano Jackson do Pandeiro. “Para nós que fazemos parte dessa banda é muito bom tocar aqui depois de uma maratona de shows em outras cidades do Nordeste, pois João Pessoa é a nossa casa, aqui tudo começou”, disse a vocalista Luciene.

Homenagem – O segundo show da noite foi de Genival Lacerda. Antes de começar a apresentação, o cantor recebeu do prefeito Luciano Agra uma placa confeccionada pela Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) e um quadro do artista plástico Clóvis Júnior. Após a homenagem, Genival iniciou a apresentação, que foi marcada pela irreverência e letras “carregadas” de duplo sentido, que se tornaram “clássicos” da música nordestina como: “Quem Dera”, “Severina Xique Xique”, “Rock do Jegue”´ e o “Chevette da Menina”, entre outras. O público de mais de 50 mil pessoas cantou junto com o artista homenageado.

Encerrando as apresentações no palco de shows, Flávio José embalou os corações apaixonados, com letras que são verdadeiros poemas que falam de amor, paixão, saudade e identidade nordestina. Assim como na apresentação de Genival, o público também cantou junto com Flávio José os sucessos “Caboclo Sonhador”, “Tareco e Mariola”´, “Filho do Dono” e “Lembrança de Um Beijo”. “Para mim é uma grande honra encerrar os festejos juninos da Capital” disse o cantor.

Cultura Popular – No pavilhão da cultura popular, nos intervalos dos shows as atrações foram o Reisado de Zabelê e a Lapinha de São Sebastião, que atraíram um grande público.

 

Público – A estimativa da Funjope é que mais de 50 mil pessoas compareceram a última noite do “São João de João Pessoa – O Melhor da Gente”. “É uma importante iniciativa e dar para ver que a resposta popular aconteceu, porque as pessoas estão saindo de casa no meio da semana e em dias chuvosos, vindo prestigiar a festa, trazendo a família”, disse o arquiteto Joalisson Cunha, ressaltando a valorização da cultura popular e ritmos nordestinos. “A música agrada todo mundo, todos os tipos de gostos musicais, premiando a população e trazendo para a capital importantes referências que tínhamos perdido com o tempo”, afirmou.

Já a estudante Sheila Pereira, que veio com a mãe e as irmãs prestigiar a festa e conferir o show de Flávio José, disse que o Ponto de Cem Réis estava tranquilo e também elogiou a valorização dos artistas nordestinos. “É importante prestigiar os artistas paraibanos e dar valor a cultura da nossa terra”, comentou a estudante.