Espetáculo ‘Flor da Paixão’ é selecionado para Paixão de Cristo 2012

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O projeto “Flor da Paixão”, de Antônio Deol, foi o vencedor do concurso para seleção de projetos de produção e encenação da Paixão de Cristo 2012. Em segundo lugar, na condição de suplente, ficou “Jesus, a semente de Deus”, do grupo de Teatro Engenho Imaginário. O concurso é realizado por edital público e promovido pela Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), através da Fundação Cultural (Funjope).

A Comissão Julgadora foi composta pelos professores Álvaro Fernandes, Arnaldo Siqueira e Robson Carlos Haderchpek. O projeto selecionado deve ser executado no período de 6 de janeiro a 8 de abril de 2012. Ainda participou da seleção o projeto “O Nazareno ontem, hoje e sempre”, do Grupo Teatral Arretado Produções Artísticas.

“Este edital representa o fechamento de um ciclo de oito anos. Nestes oito anos conseguimos colocar em pauta muitas das coisas que acreditamos como agentes culturais da cidade, do Estado. Este evento, da maneira como efetivamos, é uma delas, pois atribuímos qualidade de ponta a ponta – desde o lançamento do edital, até a forma como o público é tratado, recebido. Imprimimos qualidade, mudamos conceitos e alteramos a lógica”, disse o diretor da Divisão de Artes Cênicas da Funjope, Nanego Lira.

Ele explicou que a Funjope integrou o processo artístico com o pedagógico – responsabilidade do poder público. “Cabe agora uma nova etapa de escuta, proposituras que venham da classe artística atenta e em busca de vivências cada vez mais ricas e contextualizadas, contemporâneas, que possam ir além de nossas fronteiras”.

Sobre a importância do espetáculo, Nanego afirmou que “todos nós sabemos da importância do evento da Paixão de Cristo para a nossa cidade, para a democratização da arte revelada em cada etapa do que é construído como expressão estética e artística, para a formação de plateia e mesmo dos próprios atores, atrizes e demais profissionais envolvidos no processo”.

Os jurados – Álvaro Fernandes é campinense, diretor de teatro, dramaturgo, coordenador cultural do Sesc/CG, curador do Projeto Palco Giratório do Departamento Nacional do Sesc, e professor de Teatro do Curso de Formação de Atores do Teatro Severino Cabral.

Arnaldo Siqueira é pernambucano, pesquisador da dança, professor da Universidade Federal de Pernambuco de Artes Cênicas, mestre em Artes Cênicas pela UFBA, membro do Colégio Eleitoral do Prêmio Multicultural Estadão de 1999 a 2003.

Robson Carlos Haderchpek é diretor, ator professor da UFRN, doutor em Artes/Teatro (2006 – 2009/ Instituto de Artes, Unicamp), mestre em Artes/Teatro (2002 – 2005 / Instituto de Artes, Unicamp), bacharel em Artes Cênicas (1998 – 2001 / Instituto de Artes, Unicamp).

Oito anos de inovação – No ano de 2005, a Divisão de Teatro da Funjope inovou o projeto da Paixão de Cristo na Capital, passando a contar com dramaturgos e autores paraibanos e, principalmente, valorizando o elenco com atores da cidade.

O primeiro espetáculo realizado com esta nova roupagem, que atrai cerca de 30 mil expectadores a cada ano, e abre espaços para expressões da cultura popular, foi o ‘Mistério da Paixão’, realizado em 2005, com direção de Eliezer Rolim, dramaturgia de Diógenes Maciel e direção musical de João Linhares. Em 2006, foi apresentado o ‘Cordel da Paixão de Deus’, dirigido por Duílio Cunha, com dramaturgia de Tarcisio Pereira e direção musical de Eli Eri Moura.

Em 2007, foi a vez do ‘Jesus, uma Paixão’, que teve a direção de Humberto Lopes, dramaturgia de Cely de Freitas e direção musical de Carlos Anísio. Já em 2008, o espetáculo ‘Maria Canta a Paixão’ foi dirigido por Antonio Deol e Duílio Cunha, com dramaturgia de Luiza Barsi e Helena Madruga e direção musical de Eli Eri Moura. A ‘Paixão do Menino Deus’ foi encenada em 2009, com direção e dramaturgia de Tarcisio Pereira e direção musical de Eli Eri Moura.

No ano de 2010, foi encenada a ‘Paixão da Sagrada Família’, que teve direção e dramaturgia de Antonio Deol, com projeto cênico do Grupo de Teatro Graxa e direção musical de Marcílio Onofre.

Ano passado, a proposta encenada foi o espetáculo ‘O Divino Calvário’, do Grupo Experimental Cena Aberta (Geca) e da Trupe Arlequim, com direção de Marcos Pinto. Esta edição ocorreu em uma arena montada na Praça do Povo da Fundação Espaço Cultural José Lins do Rego (Funesc), uma parceria entre o Governo do Estado e PMJP, através da Funesc e da Funjope.