Wanderléa conquista público pessoense na 3ª noite da Festa das Neves

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A noite de sexta-feira (3) na Festa das Neves foi marcada pela energia e voz inconfundível da Ternurinha da Jovem Guarda, Wanderléa. Com os mesmos cachos dourados da década de 60, quando começou a fazer sucesso ao lado de ícones como Erasmo e Roberto Carlos, a cantora subiu ao palco às 23h30 e embalou a plateia durante quase uma hora e meia.

Nem a chuva que caiu no início da noite foi capaz de inibir a lua grande no céu e o público pessoense, que tomou conta do Ponto de Cem Réis para ver de perto e cantar junto com a musa da Jovem Guarda. E Wanderléa encantou a plateia de todas as idades ao interpretar antigos e mais recentes sucessos que ficaram marcadas nas vozes de outros intérpretes brasileiros.

Um coral se formou para acompanhar Wanderléa em sucessos como “Dia Branco”, de Geraldo Azevedo, “Banho de Lua”, de Celly Campello, e aumentou o tom ao cantar sucessos do Rei Roberto Carlos, como “Sentado à Beira do Caminho”, “Amor Perfeito”, “Esqueça”, “Além do Horizonte” e “Negro Gato”.

Além da faixa especial dedicada às canções do principal ícone da música brasileira, um dos pontos altos do show foi a interpretação da música “Parem o Casamento”, com direito a buquê de noiva para ser jogado à plateia. E a receptividade do público aumentou a interação com a artista. “Estou me sentindo em casa”, disse a cantora.

A estudante Evelyn Nayara conheceu os sucessos da Jovem Guarda através de seus pais, mas quis conferir de perto a energia de uma das intérpretes que marcaram época nos anos 60. “Eu ainda não tinha assistido um show dela, mas gostei bastante. Ela faz um som para todas as idades. Quem veio, seja jovem ou adulto, deve ter curtido bastante”, disse.

A tradição e a energia da Festa das Neves contagia não apenas os filhos de João Pessoa. O pernambucano José Antônio Carvalho, 55, se apaixonou pela Capital paraibana e decidiu mudar de cidade. “Eu venho à Festa das Neves há mais de 30 anos. Sou pernambucano, mas gosto tanto daqui que decidi me mudar e comemorar o aniversário da cidade todos os anos que eu ainda tiver”, disse o motorista, que curtiu o show da eterna “Ternurinha” ao lado da esposa, Cristiane Maria. “Ela é maravilhosa e arrebentou cantando as músicas do Rei Roberto Carlos”, destacou.

Ritmo para todos os gostos – A banda paraibana Mamma Jazz abriu o espetáculo da noite de sexta no Ponto de Cem Réis, apresentando ao público uma mistura africana e nordestina de ritmos. As cores e estampas do grupo, formado há 12 anos, tomaram o palco principal da Festa das Neves a partir das 21h e animou a plateia com o som que integra elementos de diferentes culturas, com do jazz e do maracatu, do samba e da rumba, aliado à performance de tambores e da zabumba.

Antes de subir ao placo, um dos fundadores do Mamma Jazz, o vocalista e guitarrista Guilherme Semmedo, enalteceu os encantos da cidade onde se radicou, há cerca de 20 anos. “João Pessoa é uma cidade maravilhosa e os paraibanos devem valorizar este lugar. Para mim, esta cidade e a Paraíba, como um todo, são o celeiro de artistas mais consagrados que eu conheço”, afirmou o cantor, que nasceu em Guiné Bissau.

Cultura Popular – Quem foi mais cedo à Festa das Neves, a partir do meio-dia, pôde conferir na Praça Rio Branco as apresentações dos repentistas e emboladores Heleno Alexandre e Hipólito Mauro, Severino Paulo e Antônio Costa.

Às 18h, foram iniciadas as apresentações no Ponto de Cem Réis, com o Coco de Roda Indígena da Aldeia Cumaru, da Baía da Traição, e com os brincantes Congo de Pombal. E a participação dos grupos de cultura popular foi encerrada com a energia da Tribo Africanes, do bairro do Cristo Redentor.