Acolhimento do Instituto Cândida Vargas tranquiliza mães de primeira viagem na hora do parto

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Mônica Meloespecialdiadasmaes_ICV_AnegelicaPaulino_foto_dayseeuzebio (4)

A estudante Olávia Diniz Delgado, 23 anos, não teve dúvidas de que daria à luz o seu primeiro filho no Instituto Cândida Vargas (IVC), em João Pessoa. Estagiária do setor de serviço social da maternidade, ela conhece de perto a dedicação dos profissionais que atuam no local e por isso sabia não haver melhor escolha para a chegada do pequeno João Miguel.

Mesmo estagiando dentro de uma maternidade e acompanhando nascimentos diariamente, Olávia também tinha alguns medos e inseguranças em relação à gestação e ao momento do parto. Por esse motivo, a dedicação e atenção dos profissionais que atuam no local foram essenciais para tranqüilizá-la durante todo o processo. “Foi uma experiência maravilhosa. Eu conheço o ambiente desde agosto do ano passado e os profissionais aqui são excelentes”, relata.

Um acolhimento adequado é fundamental para quem chega à maternidade, já que o medo e a insegurança são sentimentos bastante comuns entre as parturientes, principalmente entre as que estão vivendo a experiência da gestação pela primeira vez. “A maioria chega muito ansiosa, com medo, principalmente as de primeira viagem e as muito novas, que tem 12 ou 13 anos. É importante o acompanhamento, pois o medo e a insegurança são fatores bem perceptíveis e que às vezes podem causar problemas”, explica a psicóloga da maternidade Daniele Diniz Alves Fernandes.

Com o objetivo de evitar que esses fatores dificultem a hora do parto, fazer um bom pré-natal é essencial, mas o IVC ainda oferece cursos para gestantes e casais a espera de um bebê. Segundo a psicóloga, as pacientes que participam dessas atividades geralmente estão mais tranqüilas na hora de dar á luz. O setor de psicologia e o de fisioterapia tem um grupo de apoio para gestantes, que se reúne todas as quartas-feiras pela manha. Nas segundas-feiras à noite, as atividades são voltadas para os casais. Nessas ocasiões, são abordados temas como nutrição durante a gestação e cuidados com o bebê.

especialdiadasmaes_ICV_DanieleDinizpisicologa_foto_dayseeuzebio (95)A enfermeira Luizia Marta Gonzaga de Souza concorda com a psicóloga ao afirmar que a principal diferença da paciente de primeira gestação para as demais é realmente o medo. “Ela nunca viveu aquilo. Algumas já sabem como funciona, mas às vezes chegam com algum trauma, por isso elas são bem acolhidas”, conta. Ao chegar à maternidade, as parturientes passam por uma triagem e vão para o setor de pré-parto. “A demanda aqui é muito grande, mas a gente acolhe, conversa com elas e às vezes, quando necessário, chama o setor de psicologia”.

Foi o que aconteceu com Angélica Paulino Pereira, de 14 anos, mãe de Yasmim. Angélica disse que desde o segundo mês de gravidez faz o acompanhamento na Maternidade Cândida Vargas e se sentiu muito tranqüila ao entrar em trabalho de parto. O cenário mudou quando começarem as dores. Nesse momento, o acolhimento dos profissionais foi de suma importância. Ela relata ainda, que através da orientação recebida, compreendeu que o parto normal seria a melhor opção para ela e para o seu bebê. “Quando eu fui para sala de parto foi tudo bem. Eu agora só desejo que a minha filha tenha uma vida longa, seja bonita e feliz”.

Só no primeiro trimestre deste ano, o local já atendeu mais de 8 mil pessoas. Nasceram por lá, mais de 600 crianças por mês. Desse total, 54% foram por parto normal.