Artista plástico alemão expõe obras no Casarão 34, a partir desta quarta

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A Unidade Cultural Casarão 34 convida os amantes das artes plásticas para a abertura da exposição ‘O testamento do Rei Salomão’(apókryphos), do artista plástico alemão Dieter Ruckhaberle, que será aberta nesta quarta-feira (19), a partir das 19h. A promoção é da Prefeitura de João Pessoa (PMPJ), por meio de sua Fundação Cultural (Funjope). Na ocasião, o artista irá ministrar palestra sobre as suas pinturas ‘Cidade Latão’, ‘História das mil e uma noites’ e ‘Abisague e o Rei Davi’.

A mostra é um desdobramento das investigações do artista sobre uma outra obra de sua autoria, intitulada ‘As mil e uma noites’. O ciclo é inspirado nessa obra, onde a cidade Latão do Norte da África, após sete anos sem chover, ficou cheia de mortos. Outra referência é a batalha de Salomão com o ‘rei do mar’.

A exposição, que fica em cartaz até o dia 10 de abril, com visitação aberta ao público de forma gratuita e em horário comercial, é composta pelas obras ‘O Rei Salomão e seu amigo’, ‘O demônio Ornias pega metade do salário, metade da comida e chupa o dedo do amigo de Salomão para tirar energia dele’, ‘O operário velho e o filho’, ‘Tempestade na Arábia’, ‘O demônio Ephiphas coloca a última grande pedra no templo de Salomão’, ‘A visita da rainha de Sabá ao rei Salomão’, ‘A coluna azul’, e ‘Salomão e Sulamith’, além de ‘O ídolo Raphan’, ‘O velho Salomão’ e ‘Ídolo Moloch’.

A pintura de Dieter tem raízes no expressionismo, a mais poderosa corrente estética das artes visuais alemãs, com suas evidentes influências advindas da arte moderna francesa, sem esquecer a presença não menos impactante de Goya. As cores e as formas brasileiras, porém, são marcantes em suas composições, equilibrando os hemisférios sombrio e alegre da natureza do artista.

Apesar de ter raízes nessa escola alemã, o artista diz que não é expressionista no sentido estrito do termo. Ao contrário, ele faz questão de acentuar sua independência estética e ideológica, deflagrada ainda na adolescência. Sua pintura seduz, primeiramente, pela qualidade da composição, onde se destacam a harmonia cromática, o grafismo e uma bem equilibrada ‘confabulação’ entre a figuração e a abstração.

Mais informações na Unidade Cultural Casarão 34, localizada na Praça Dom Adauto, 34, no Centro da capital, ou pelo telefone 3218-9708.