Banco Cidadão transforma micronegócios de JP com crédito e capacitação

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bancocidadao_premio_gilvomardacosta_foto_dayseeuzebioO Banco Cidadão da Prefeitura Municipal de João Pessoa concedeu crédito de R$ 11.800.270, em 2015, um volume 37% maior que o disponibilizado no ano de 2014. Os recursos contribuíram para a abertura ou ampliação de 2.683 micronegócios, gerando ocupação e renda, e até postos de trabalho, considerando que muitos empreendedores atendidos pelo Banco Cidadão empregam funcionários.

De acordo com o secretário do Trabalho, Produção e Renda, Diego Tavares, os empréstimos não beneficiam apenas o empreendedor, mas famílias inteiras. “Se consideramos apenas o ano de 2015, com 2.683 operações de crédito, temos 2.683 famílias, ou aproximadamente 11 mil pessoas. Porém, alguns dos empreendedores têm funcionários. Há os que possuem até dez funcionários, então, o número de pessoas beneficiadas é muito maior”, explicou ele.

Antes da liberação de crédito, o Banco Cidadão realiza uma capacitação com os empreendedores para orientá-los sobre questões básicas na gestão de um negócio, como custo do serviço ou produto, lucro, investimento, marketing e vendas, entre outros temas. Em seguida, o empreendedor faz um plano de negócios conforme sua capacidade de pagamento.

“Queremos promover investimentos e não o endividamento. A capacitação é justamente para que os recursos sejam bem utilizados, contribuindo para o sucesso do empreendimento. Este é o diferencial do Banco Cidadão. Além disso, também realizamos visitas após a concessão do crédito, para avaliarmos se está tudo dentro do programado”, contou Diego Tavares.

A partir das visitas técnicas, o Banco Cidadão criou o Prêmio Cidadão Empreendedor, para reconhecer as boas práticas em gestão dos microempresários. O objetivo, segundo o secretário Diego Tavares, foi o de inspirar novos empreendedores. A premiação ocorreu no último dia 15, homenageando cinco pessoas.

Mudanças – Gilvomar da Costa, proprietário do restaurante de comida japonesa, Kin San, no bairro do Cristo Redentor, destacou a capacitação do Banco Cidadão como algo que mudou sua vida como empreendedor. “Eu só tive a oportunidade de conhecer sobre a área de gestão por meio do Banco Cidadão, e isto me ajudou muito. Trabalhei sete anos em um restaurante e, bancocidadao_premio_pauloeduardo_foto_dayseeuzebio (25)com ajuda do Banco Cidadão, montei meu estabelecimento”, afirmou.

Gilvomar recebeu dois empréstimos do Banco Cidadão. No primeiro, ele montou o restaurante. O negócio deu certo e ele precisou se mudar para um ponto comercial maior, procurando novamente o Banco Cidadão para investir os novos recursos na infraestrutura do local. Além da esposa, que também se dedica ao estabelecimento, hoje já são sete funcionários com carteira assinada, além dos ajudantes do final de semana.

Sonho realizado – “O Banco Cidadão me ajudou a realizar um sonho”, disse Giane Cordeiro, cabeleireira e dona do salão de beleza que leva seu nome, em Manaíra. Ela está na atividade já há 12 anos e foi construindo sua história aos poucos. Hoje emprega 10 pessoas.

“Comecei em um salão pequeno, depois mudei para outra sala e precisei ampliar, foi quando recebi o apoio do Banco Cidadão. Com os recursos do empréstimo, eu comprei sofá, cadeiras, lavatório e produtos importados. Ou seja, tudo isto agregou valor ao meu trabalho, ao meu estabelecimento”, afirmou ela.

Faturando o dobro – “Após investir os recursos do empréstimo, eu dobrei o meu faturamento”, contou Paulo Eduardo Lucena, proprietário da PST Comunicação visual, que administra com a esposa, em Mangabeira. Ele abriu o estabelecimento há cinco anos e, todo o financiamento que conseguiu para equipar seu negócio foi pelo Banco Cidadão.

BancoCidadão_GianeEstética_foto_cornéliofelipe 01 (10)“Eu obtive dois empréstimos. No primeiro, eu comprei uma máquina de prensar camisa e, no segundo, que contratei neste ano, adquiri uma máquina que recorta material em PVC, MDF e acrílico. Com este equipamento eu produzo as letras de fachadas de estabelecimentos”, disse ele. O custo da máquina foi alto, mas o novo serviço foi fundamental para o aumento no faturamento mensal do negócio.

Vida dedicada à costura – “Trabalho com costura há 56 anos e não penso em parar”, afirmou a empreendedora Marlene Lins, que montou a loja Protec + UV, em sua própria casa, no Ernesto Geisel, para vender as roupas que produz. Com o crédito do Banco Cidadão investido em capital de giro do negócio e em materiais para a realização do seu trabalho, ela iniciou a produção de camisas com proteção a raios ultravioleta (UV) e já planeja trabalhar na confecção de roupas com temas infantis.

“Nós já temos como clientes algumas escolinhas de natação e bombeiros que trabalham como salva-vidas. Começamos vendendo pelo Facebook e Whatsapp, e até agora tudo está dando certo. Esperamos continuar crescendo. Com esta fabricação de camisetas, nosso faturamento aumentou em torno de 50%, graças ao Banco Cidadão. Minha filha é quem cuida da divulgação e faz a entrega dos produtos de moto”, explicou ela.

Crescimento rápido – Roberto Dias Júnior começou no ramo alimentício como ambulante, mas após receber o primeiro empréstimo do Banco Cidadão, abriu uma lanchonete no Cristo Redentor. O negócio cresceu, e a marca Playboy das Coxinhas já aparece em um food truck e, em breve, em um quiosque em Tambaú.

“O Banco Cidadão foi fundamental para eu começar meu negócio. Depois que as coisas melhoraram, eu recebi um novo empréstimo para a compra de maquinário e ampliar a produção. O dinheiro ainda serviu para o food truck”, contou o empreendedor, que vende uma média de 11 mil coxinhas ao mês e conta com a ajuda de sete funcionários. Para ele, o sucesso sebancocidadao_premio_marlenelins_foto_dayseeuzebio (38) deve ao diferencial do seu produto e ao atendimento.

Para participar – O Banco Cidadão vai reabrir as inscrições em janeiro e, para participar, o empreendedor deve procurar a Secretaria do Trabalho, Produção e Renda, na Avenida Cardoso Vieira, 85, Varadouro. O proponente deve apresentar original e cópia de RG, CPF e comprovante de residência atual.

O empreendedor deve ter idade a partir de 18 anos e morar em João Pessoa há, no mínimo, seis meses. Não é preciso estar formalizado. Pessoas com nome nos cadastros de proteção ao crédito e servidores da Prefeitura não podem ser contemplados. O valor dos empréstimos é de até dez salários mínimos, a uma taxa de 0,9% ao mês. O pagamento pode ser dividido em até 24 parcelas.